A candidata à Prefeitura de Maceió, Lenilda Luna (UP), foi a segunda entrevistada na sabatina promovida pela Tribuna Independente com transmissão ao vivo pela TV Tribuna, no YouTube, no programa TribunaPod. A entrevista que ocorreu ontem (10), foi conduzida pelos jornalistas Claudio Bulgarelli, Edmilson Teixeira e pela repórter do caderno de Política, Thayanne Magalhães.

No início da sabatina, a candidata reafirmou a sua indignação com o crime ambiental cometido pela mineradora Braskem, que causou o afundamento dos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol, em Maceió, ressaltando que essa é uma de suas prioridades de campanha.

Durante a conversa, Lenilda reforçou a necessidade de auditoria dos recursos provenientes das indenizações pagas pela empresa, que foram destinadas a reparar os danos causados pelo afundamento de bairros na capital alagoana. Segundo ela, há falta de transparência na aplicação desses valores, o que prejudica a população atingida.

Lenilda afirmou que pretende realizar uma investigação profunda sobre como os fundos foram utilizados até agora. Ela defendeu que parte expressiva desses recursos deve ser destinada para restabelecer os serviços públicos afetados e melhorar a qualidade de vida dos moradores que sofreram as consequências do desastre. “Precisamos de clareza sobre onde o dinheiro está sendo investido e assegurar que as comunidades impactadas tenham o devido amparo”, afirmou.

Lenilda questionou, ainda, a situação dos moradores dos Flexais, região localizada em Bebedouro. “Eu gostaria que algum especialista que não seja ligado à Braskem, realize um estudo e explique porque os Flexais não são considerados áreas de risco, sendo que tudo em volta está afundando”, disse a candidata.
Além da questão das indenizações, Lenilda Luna classificou o crime ambiental como o maior já registrado em área urbana no mundo, e criticou o tratamento que a Braskem vem recebendo das autoridades. Para ela, a empresa, que foi condenada internacionalmente, não pode continuar sendo tratada como parceira do poder público, considerando os danos causados aos maceioenses.

No campo das políticas sociais, a candidata do UP também falou sobre suas propostas de inclusão para as áreas mais vulneráveis da cidade. Um dos pilares de sua plataforma é a ampliação de serviços públicos de qualidade, especialmente em saúde e educação, garantindo que os moradores mais atingidos pelas desigualdades sociais tenham acesso a direitos fundamentais.

Ela destacou que sua campanha está centrada na defesa dos trabalhadores e das populações marginalizadas, com uma proposta clara de enfrentar o que ela chama de “opressão capitalista”.

Lenilda afirmou que busca implementar uma gestão voltada para a melhoria das condições de vida dos maceioenses, propondo políticas públicas que vão além do assistencialismo e que promovam a autonomia dos cidadãos.

Ela também falou do compromisso de sua candidatura com a participação popular nas decisões administrativas, propondo mecanismos que permitam um controle mais rigoroso das ações do poder executivo. Para isso, a candidata defende a criação de conselhos populares que possam fiscalizar diretamente as atividades do governo municipal.

No final do Tribuna Pod, Lenilda Luna reiterou o seu objetivo de promover justiça social em Maceió, enfatizando que a transformação da cidade passa por um projeto político que enfrente as desigualdades e devolva dignidade às classes trabalhadoras.

PRÓXIMA SABATINA

A Tribuna Independente já realizou as sabatinas com os candidatos Rafael Brito (MDB), na última segunda-feira (9), e com Lenilda Luna. Os convites para participação das entrevistas também já foram encaminhados para os candidatos Lobão (Solidariedade), JHC (PL), Nina Tenório (PCO) e Rony Camelinho (Agir), e aguarda a confirmação de todos.

Vale destacar que Rony Camelinho teve o registro de sua candidatura indeferida na última segunda-feira (9), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas conforme a própria Justiça Eleitoral, o candidato pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seguir candidato. Camelinho não prestou contas de sua campanha nas eleições em 2022, e por isso, houve revés na Justiça Eleitoral.