A campanha eleitoral tem início nesta sexta-feira (16), e o Partido dos Trabalhadores (PT), em Maceió, já virou a chave após não conseguir viabilizar a candidatura do ex-vereador Ricardo Barbosa à Prefeitura de Maceió. Hoje, o cenário na legenda é eleger dois vereadores para a Câmara Municipal, além de aguardar os valores que a executiva nacional vai autorizar referente ao fundo partidário para investir na eleição.

O presidente do PT na capital, Marcelo Nascimento, destaca que sobre os recursos do fundo partidário, a legenda ainda está em tratativas para saber quanto vai chegar, e assim, dividir para as campanhas dos candidatos à Câmara de Vereadores.

“Nós estamos em um processo de discussão e tratativas junto à direção nacional do PT no sentido de verificar as demandas orçamentárias de acordo com as necessidades eleitorais que teremos aqui em Maceió para a chapa de vereador. Qualquer discussão neste momento envolvendo valores do fundo partidário ainda é precoce e requer elementos que estão sendo discutidos no âmbito da direção nacional do PT. Acreditamos que este debate seja concretizado a partir do dia 20 de agosto”, ressalta Marcelo Nascimento em contato com a Tribuna Independente.

De acordo com a Justiça Eleitoral, o PT terá de fundo partidário R$ 620 milhões para investir nas campanhas municipais. O PL, principal adversário do PT, por exemplo, terá R$ 887 milhões do fundo partidário.

O presidente do PT em Maceió reforça que há uma preocupação com o desempenho dos candidatos da chapa petista, já que a intenção na eleição é eleger dois vereadores. Hoje, o partido conta com o vereador Dr. Valmir, que vai disputar a reeleição, e a vereadora Teca Nelma, que deixou o PSD no período da janela partidária e se filiou ao PT.

“Vamos fazer todos os esforços necessários para que dois assentos na Câmara de Vereadores de Maceió sejam do PT, por meio da Federação Brasil da Esperança [que reúne ainda PV e PCdoB]. Há condições, neste sentido, de eleger até três nomes por causa da Federação”, disse Nascimento.

FUNDÃO ELEITORAL

Em junho deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou como será feita a distribuição dos R$ 4,9 bilhões reservados no Orçamento 2024 para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha – conhecido popularmente como “Fundo Eleitoral”.

O valor destinado às eleições municipais foi alvo de polêmicas, no fim do ano passado, por representar um recorde e superar, em mais de duas vezes, o total reservado para as eleições de 2020 (R$ 2 bilhões).

O recurso é equivalente ao distribuído para as eleições gerais de 2022 — quando foram eleitos presidente, governadores, senadores e deputados federais.