Dentro do campo político do MDB, as possibilidades de indicação para vice-prefeito ao lado de Rafael Brito devem ficar entre PSB e PDT. O primeiro confirmou essa informação em junho, aqui mesmo em contato com a reportagem da Tribuna Independente, que teria interesse em indicar o nome. Já o PDT, recentemente, começou a sinalizar no mesmo sentido.

De acordo com o presidente do diretório municipal do PDT, Arthur Lins, ainda estão sendo feitas as articulações. “Tudo ao seu tempo. Temos uma chapa preparada com pré-candidatos aptos e experientes. O tabuleiro do xadrez está sendo montado”. E lembra que o próprio Ronaldo Lessa anunciou que há essa intenção. “Nosso presidente estadual já se pronunciou e disse que vai colocar o assunto em discussão”.

Ele se refere a uma entrevista concedida pelo vice-governador no programa de rádio Antena Manhã, quando defendeu o nome do ex-prefeito para a disputa. “Acho o Cícero [Almeida] um bom nome. É um cara que tem prestígio, tem nome. A votação que ele teve da outra vez não dá para se orientar, porque o Cícero não fez campanha. Ele me perdoe, mas se você for à luta, tem que se respeitar, porque é querido na periferia. Todos os segmentos têm pessoas que admiram, mas sobretudo na periferia, onde teve a maior votação quando foi eleito prefeito de Maceió”.

Lins explica que o partido estima fazer no mínimo dois nomes para a Câmara de Maceió. “Realizamos um encontro com nossos pré-candidatos, quando fizemos um planejamento para ampliar as discussões sobre Maceió. Fazemos parte da aliança que elegeu o governo estadual e estamos prontos para ajudar da melhor forma possível. Montamos uma chapa forte de pré-candidatos para vereadores, que poderá fazer de 02 a 03 ou até mais nomes. Estamos com uma pré-agenda para nossa convenção para o dia 30 deste mês. Queremos construir uma Maceió para todos os maceioenses”.

Por enquanto, oficialmente Almeida é um desses pré-candidatos a vereador. Ele voltou ao PDT em fevereiro deste ano, prometendo “preencher um vazio que existe, hoje, na política”. Diferente de Lessa, Almeida andou dando declarações menos otimistas sobre sua participação nesse momento na mesma emissora de rádio. “O MBD já teve essa oportunidade, porque eu tenho afinidade, respeito e reciprocidade com o senador Renan Calheiros. Mas com o [ex] governador não tenho essa afinidade toda, fiz a campanha de 2018 e não fui convidado sequer para a posse. Não há essa conexão, apesar do respeito de tê-lo como grande governador, durante 8 anos fez a sua história e não à toa hoje é ministro. Mas fui colocado no cantinho do muro. ‘já fizesse a tua história, se vier para cá pode arranhar o processo com a popularidade que tem em Maceió’. Acredito que em cima da hora, é muito complicado”.

O ex-prefeito, que passou uma longa temporada no PP dos Lira, disse na mesma entrevista que, se fosse chamado também estaria ao lado de JHC, principal inimigo político do MDB em Maceió atualmente. “Aguardei isso, inclusive do atual prefeito. Recebi alguns sinais de que poderia somar muito, caso ele tivesse me convidado para participar da administração, eu iria porque era para trabalhar por Maceió”.