Política
Tebet diz que 'tentaram puxar' seu tapete no MDB e defende políticas para mulheres
Candidata à presidência foi entrevistada no Jornal Nacional

A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, disse nesta sexta-feira (26), em entrevista ao Jornal Nacional, que "tentaram puxar" seu tapete no MDB, em referência à oposição que ela teve dentro do partido para confirmar a candidatura. Ela também defendeu políticas para as mulheres e propôs acabar com o que chamou de "presidencialismo de cooptação".
Tebet é a quarta e última entrevistada da série do JN com os candidatos. Antes dela, o candidato à reeleição do PL, Jair Bolsonaro, foi entrevistado na segunda-feira (22); Ciro Gomes (PDT), na terça-feira (23); e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quinta (25).
Foram convidados os cinco candidatos mais bem colocados na pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de julho. André Janones (Avante), que estava entre os cinco, retirou a candidatura.
Logo no início da entrevista, a candidata foi questionada sobre casos de corrupção recentes no país que tiveram políticos do MDB envolvidos.
Ela respondeu que o MDB não é só "meia dúzia de seus políticos e caciques". Disse ainda que "meia dúzia", de fato, estive envolvida em escândalos de corrupção em governos do PT. Nesse momento, a candidata começou a comentar sobre as dificuldades que teve para ter a candidatura confirmada.
"Aliás, se você me permitir, tentaram puxar meu tapete até pouco tempo atrás. Se tivesse um tapete aqui, eu acho que eu já tinha caído da cadeira também", declarou Tebet.
Em seguida, ela lembrou que setores do MDB tentaram levar o partido para o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O que me trouxe até aqui? Tive que vencer uma maratona com muitos obstáculos. Nós tivemos oito candidatos, e eu permaneci. Passou o natal, virou o ano novo, chegou o carnaval, disseram que o partido seria cooptado. Depois, que iria para uma outra candidatura. Tentaram numa fotografia recente levar o partido para o ex-presidente Lula", disse a candidata.
Tebet, primeira líder da bancada feminina do Senado, também abordou políticas para mulheres. Entre as propostas apresentadas pela candidata, está um projeto para estabelecer salários iguais entre mulheres e homens.
"Se eu virar presidente, o primeiro projeto que eu vou pedir para pautar na Câmara dos Deputados é igualdade salarial, salarial entre homens e mulheres. A mulher ganha 20% menos que o homem exercendo a mesma função, a mesma atividade. Se for negra, se for preta, ela recebe 40% menos. Me explique qual a lógica disso", afirmou a candidata.
Questionada sobre o fato de 66% das candidaturas de seu partido serem de homens e 33% de mulheres, a entrevistada disse que não dá para observar apenas o MDB e “martirizar” a sigla.
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