Política
Mensagens no celular de bolsonarista preso por Moraes indicam atentado a bomba no DF
Ivan Rejane Pinto, detido por ameaçar políticos de esquerda e ministros do STF de morte, teve a prisão temporária convertida em preventiva por suspeitas de que ele integra uma organização criminosa

No despacho em que determinou a prisão preventiva de Ivan Rejane Pinto, bolsonarista detido no dia 22 de julho, em Belo Horizonte (MG), depois de ameaçar de morte os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e políticos de esquerda, como o ex-presidente Lula (PT), o ministro Alexandre de Moraes reproduziu trechos de mensagens que estavam no celular do extremista que foram periciadas pela Polícia Federal.
Nessas mensagens, há indicação, por parte de um apoiador de Ivan Pinto, de um atentado a bomba em Brasília. "Vejo que você é um Patriota igual a mim, que tem nojo do Lixo Comunista da Esquerda. Precisamos unir a Direita e dar basta! Semana que vem vai começar a estourar as 'bombas' no DF... Fica ligado”, diz um interlocutor identificado como "Magaiver Direita Sampa" em mensagem enviada via WhatsApp ao extremista, que responde dizendo que possui mais de 94 mil seguidores no aplicativo Kawai.
Ao converter a prisão de Ivan Pinto em preventiva, isto é, sem tempo determinado de duração, Moraes argumentou que a medida se faz necessária pois há suspeitas de que o bolsonarista integre uma organização criminosa que tem como objetivo atentar contra o Estado Democrático de Direito, e que mantê-lo em liberdade poderia significar a continuidade da prática de crimes.
"A manutenção da restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão preventiva, é a única medida capaz de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal, especialmente com o prosseguimento da perícia técnica, capaz de apontar com maior precisão a extensão e níveis de atividade da associação criminosa que se investiga, inclusive no que diz respeito à concretização de ataques ao Estado Democrático de Direito", escreve Moraes no despacho.
Entenda o caso
O "Terapeuta Papo Reto", como Ivan Rejane Pinto se identifica nas redes, foi preso no dia 22 de julho por fazer ameaças explícitas de morte e de violência física contra ministros do STF, o ex-presidente Lula (PT), a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) através de vídeos divulgados nas redes sociais. Ele falava em "caçar" os magistrados e políticos de esquerda, sugeria que Lula andasse com seguranças armados, em um claro gesto de intimidação, e afirmava que iria "pendurar" os alvos "de cabeça para baixo".
Ivan Pinto desafiou o ministro Alexandre de Moraes a prendê-lo pouco antes da Polícia Federal arrombar a porta de sua casa para cumprir o mandado de prisão.
Em vídeo postado no seu canal do YouTube, Pinto ironiza a repercussão de um outro vídeo que viralizou em que faz ameaças a ministros do STF, ao ex-presidente Lula (PT), a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) e ao deputado federal Marcelo Freixo (PSB), e que motivou sua prisão.
Na nova publicação, Ivan Pinto diz que a esquerda "está desesperada" e desafia Moraes a prendê-lo. "Prende minha rola!", dispara. O bolsonarista foi preso poucas horas depois.
“É importante ressaltar que, somente com a restrição de liberdade foi possível interromper a prática criminosa, pois o investigado, no mesmo dia de sua prisão, divulgou vídeo com novos ataques ao Supremo Tribunal Federal, no qual debochou da possibilidade de ser preso”, ressaltou Alexandre de Moraes ao determinar a prisão preventiva do extremista.
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