Política
Vices seguem indefinidos em Alagoas
Dos 4 pré-candidatos mais pontuados nas pesquisas, apenas Jó Pereira está confirmada como parceira de chapa de Rodrigo Cunha

O período para a realização das convenções eleitorais já começou, mas boa parte dos pré-candidatos a governador de Alagoas ainda definiram seus vices. Dos quatro mais bem pontuados nas pesquisas, somente a chapa encabeçada por Rodrigo Cunha (União Brasil) afirma já ter batido o martelo sobre isso.
“Está definida sim a chapa, com Rodrigo Cunha pré-candidato a governador e Jó pré-candidata a vice-governadora”, garante a assessoria da deputada Jó Pereira (PSDB).
Os demais – Paulo Dantas (MDB), Rui Palmeira (PSD) e Fernando Collor (PTB) – ainda seguem em conversas com lideranças e partidos e só devem anunciar os parceiros de chapa em agosto.
A assessoria de Fernando Collor diz que a definição deve ocorrer até dia 5 de agosto. Mas se o observador mais atento prestar atenção às redes sociais do senador, perceberá a inclinação para o que já vem sendo especulado há algum tempo: o candidato a vice será o vereador de Maceió, Leonardo Dias (PL).
Entretanto, a assessoria do vereador não crava sua indicação como parceiro de chapa de Fernando Collor. “A conversa entre o Leonardo e o senador Collor seguem, mas sem uma definição, que deve acontecer no dia da convenção do PL, em 5 de agosto”.
Já o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira, afirma que a indicação está em aberto, mas que deverá ser um nome do Republicanos, partido comandado em Alagoas pelo deputado estadual Antonio Albuquerque.
“A indicação do candidato a vice-governador será feita pela base de apoio e deve ser um nome do partido Republicanos. Todas as definições serão feitas até 5 de agosto, conforme prevê a legislação eleitoral”, diz a nota da assessoria de Rui Palmeira enviada à Tribuna.
Especula-se que o candidato a vice-governador na chapa do ex-prefeito de Maceió será Arthur Albuquerque, filho do deputado estadual Antonio Albuquerque.
O governador Paulo Dantas segue em busca de um nome para parceiro de chapa em busca de sua reeleição. Nos últimos dias, ganhou força no noticiário político a possibilidade de esse espaço ser ocupado pelo atual vice-prefeito de Maceió – e ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT).
O líder pedetista participou da convenção nacional do partido e obteve carta branca da direção nacional para definir em qual palanque estará em Alagoas. Ele é pré-candidato ao Senado pelo PDT e confirmou à Tribuna já ter iniciado as conversas com o MDB, na edição de 20 de julho, após ter ressaltado o desapontamento com o trato que recebeu do grupo político que atualmente seu partido integra em entrevista à Rádio Antena 7, em 30 de junho.
“Não há mágoa, mas, politicamente, acho que erraram, que condução dessa discussão não está correta e precisa ser revista. Espero estar junto, mas se não puder, paciência”, comentou o atual vice-prefeito de Maceió.
“Escolha de vice tem que ser estratégica”
Costuma-se afirmar que “ninguém vota em vice”, mas sua presença na chapa tem mais importância política do que aparenta. Na avaliação da cientista política Luciana Santana, os vices são estratégicos numa campanha eleitoral.
“As candidaturas a vice são cargos, eu diria, bastante estratégicos para uma candidatura, para seu êxito. É uma composição que tem, não apenas um simbolismo, mas representa e dá indicativos e assegura – dá confiança – ao eleitor de qual rumo aquele mandato terá, caso o candidato seja bem-sucedido, seja eleito”, diz Luciana Santana à Tribuna Independente.
A cientista política usa como exemplo a composição de chapa de Lula (PT) e Geraldo Alckmin, que disputam a Presidência da República, numa aliança inédita entre ex-adversários eleitorais.
“É o que aconteceu em relação à composição entre Lula e Alckmin. Eles tentam trazer um eleitorado que é mais reticente ao nome principal da chapa [Lula], mas que consegue ter mais segurança por causa dessa composição. Foi isso que aconteceu, por exemplo, quando o José Alencar fez parte da chapa de Lula em 2002”, explica Luciana Santana. “Aqui no governo de Alagoas, é importante que esses nomes escolhidos sinalizem ao eleitor essa confiança em relação a algum aspecto que ainda é tido como incerto. Uma aliança que sinalize esses propósitos. Dependendo do contexto, ter uma candidatura feminina pode fazer diferença para conquistar o eleitorado feminino”, completa.
Luciana Santana também ressalta as alianças entre nomes que não são do espectro ideológico.
“Se é um candidato mais de centro, ter um nome mais à esquerda, ajuda a conquistar um eleitor mais reticente com essa candidatura. Se é um candidato de esquerda, ter um vice mais ao centro ou de direita, sinaliza nesse sentido também”, pontua. “É preciso pensar bem nessas escolhas, na trajetória do vice também conta. Isso o eleitor tem como balizador do que ele pretende ter como governador”, completa a cientista política.
As convenções eleitorais têm de ser realizadas até o dia 5 de agosto.
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