Política
Após apoiar golpe contra Dilma Rousseff, Fiesp sai em defesa da democracia
Entidade emitiu documento em que pede aos candidatos à presidência "compromisso com a democracia e o Estado de direito"

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que, sob a presidência de Paulo Skaff defendeu o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), agora, sob o comando do empresário Josué Gomes, filho de José Alencar, que foi vice-presidente nas gestões de Lula (2002-10), emitiu documento onde pede aos candidatos à presidência da República a defesa da democracia e do Estado de direito.
No documento, intitulado "Diretrizes prioritárias - governo federal 2023-2026", a Fiesp afirma que "a estabilidade democrática e o respeito ao estado de direito são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios".
A entidade afirma também afirma que "dentre todos os elementos de segurança jurídica, ressaltam-se, com maior ênfase, o compromisso com a democracia, o estado de direito e a solidariedade social, as principais vítimas das crises econômicas e institucionais".
O documento da Fiesp surge logo após inúmeras entidades se levantarem contra as declarações do presidente Bolsonaro (PL) em encontro com os embaixadores. Como se sabe, o mandatário apresentou aos diplomatas teses golpistas de que urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro como um todo são passíveis de fraudes. Mas claro, sem apresentar qualquer tipo de prova.
Além da defesa da democracia, o documento da Fiesp defende as Parcerias Públicos Privadas (PPPs), reforma administrativa, aprimorar o regime de meta de inflação, manter o câmbio flutuante, aumentar o investimento em infraestrutura, ampliação das políticas de combate à fome, iniciar a transição do Brasil à economia verde, combater o desmatamento ilegal e o fortalecimento da negociação coletiva nas relações trabalhistas e normais mais flexíveis.
A íntegra do documento pode ser acessada aqui.
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