Política
Doria rebate Alckmin e diz que pode viajar porque tem avião
Cotado a ser candidato à Presidência, prefeito de São Paulo tem percorrido país

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou, nesta quinta-feira (24), que não concorda com o governador do Estado, o também tucano Geraldo Alckmin, que associou o excesso de viagens pelo país ao risco de encurtamento do seu governo.
Cotado para ser candidato a presidente da República em 2018, Doria tem feito seguidas viagens pelo Brasil -- algumas delas em dias úteis -- para se encontrar com outros políticos, receber homenagens e dar entrevistas. Ontem, Alckmin afirmou que tem defendido "não fazer correria agora, porque não devemos encurtar o governo". Nesta quinta, após um almoço com executivos de empresas de origem alemã, Doria demonstrou que discorda da observação feita pelo governador.
"Não encurta [o mandato]. Eu tenho uma dinâmica um pouco diferente [da] do governador, o que não implica em nenhum desrespeito a ele. Eu tenho uma facilidade de mobilidade que o governador não tem. Tenho meu próprio avião, tenho helicóptero [...] O Estado não tem avião. Se tivesse, creio eu que ele não estaria utilizando. Então a mobilidade [de Alckmin] é mais difícil. Ele tem de pegar vôo regular, tudo leva mais tempo, aeroporto [...] Eu, inclusive, tenho wi-fi dentro do avião. Consigo com isso me comunicar e estar muito presente na vida da cidade."
Para deslocamentos dentro do Estado de São Paulo, Alckmin costuma usar um helicóptero da Dersa. Ele também tem disponível um avião da Polícia Militar. Mas, nas viagens a outros Estados, tem optado por usar voo comercial regular, já que vendeu a aeronave que era exclusiva do governador.
Ainda discordando da observação de seu padrinho político, Doria apresentou então um segundo argumento para defender sua agenda de viagens: "Sou descentralizador. Eu comando, mas eu descentralizo. E cobro muito dos secretários. Todos eles. Então eu compreendo a posição do governador, não o desqualifico. Mas estou bastante convencido do que fiz até agora. É o que eu vou continuar a fazer".
As informações são de reportagem de Ricardo Mendonça no Valor.
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