Política
PF realiza operação para buscar 149 joias de Adriana Ancelmo no Rio
Agentes fazem buscas em dois endereços ligados a ex-primeira dama do estado; De um total de 189 joias, a polícia só encontrou 40 peças que teriam sido comprados como uma forma de lavar dinheiro oriundo de corrupção
A Polícia Federal realiza, na manhã desta sexta-feira (23), uma operação para tentar encontrar as joias da ex-primeira dama do Estado do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo. A ação é um aprofundamento da Lava Jato no estado para realizar buscas complementares. Desde 6h36, os agentes estão em dois endereços ligados à ex-primeira dama para cumprir mandados de busca e apreensão.
Em um prédio da Rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, eles fizeram buscas em um apartamento onde vive a ex-governanta de Adriana, Gilda Maria de Souza Vieira da Silva. Os policiais deixaram o local às 7h52. O outro local onde os agentes realizaram buscas foi um prédio em Ipanema, onde mora Nusia Ancelmo Mansur, irmã da ex-primeira dama. Eles deixaram o local pouco antes das 8h, e há informações que algumas joias teriam sido apreendidas.
Eles tentam reaver 149 joias, de um total de 189, que teriam sido compradas como uma forma de lavar dinheiro oriundo de corrupção. Apenas um brinco da ex-primeira dama custou R$ 1,8 milhão. O ex-governador do estado Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado.
Este mês, a advogada Adriana Ancelmo foi absolvida pela Justiça Federal, em Curitiba, em processo sobre lavagem de dinheiro e corrupção. O Ministério Público diz que vai recorrer e já apresentou nova denúncia.
Segundo as investigações, joias e pedras preciosas compradas pelo casal são, sim, prova de crime. Adriana e Sérgio gastaram mais de R$ 11 milhões em joalherias, e a maioria das joias ainda não foi encontrada.
Adriana chegou a ser presa no ano passado, mas no fim de março ganhou o direito a cumprir prisão domiciliar. Desde então, ela está no apartamento no Leblon, onde vivia com o ex-governador.
Nusia era funcionária do Tribunal de Contas do Estado, de onde pediu exoneração em dezembro do ano passado. Ela era lotada, desde 2010, no gabinete do conselheiro Aloysio Neves Guedes, que foi eleito presidente do TCE. A irmã de Adriana Ancelmo tinha o salário bruto de R$ 17, 2 mil.
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