Política
Partido dos Trabalhadores elege diretórios municipais de Alagoas no domingo
Candidatas buscam renovação na presidência da legenda em Maceió
No próximo domingo (9), o Partido dos Trabalhadores (PT) realizará eleições internas para escolher os novos Diretórios Municipais e os delegados da etapa estadual do 6º Congresso Nacional.
Em Maceió, concorrem três chapas: a Muda PT, que tem como postulantes, Sandra Lira à presidência do Diretório de Maceió e Elida Miranda à presidência do Diretório Estadual. O Partido Militante e de Luta, que tem como líder o deputado Paulão, apresenta o candidato Marcelo Nascimento para Maceió e o ex-vereador Ricardo Barbosa para Diretório Estadual; e a Chapa Unidade pela Reconstrução do Partido traz Luiz Gomes, conhecido como Professor Luizinho como candidato.
As candidatas Sandra Lira e Elida Miranda procuraram à reportagem da Tribuna Independente para tratar das propostas e o que esperam do 6º Congresso Nacional do PT que será realizado em junho e segundo elas tem por objetivo repensar os rumos do Partido após o “golpe” aplicado no processo de impeachment de Dilma Rousseff e das derrotas eleitorais de 2016.
“Esse ano o PT adotou um novo formato de escolha da direção no sentido de aprofundar mesmo a democracia e intensificar os debates políticos entre os filiados e filiadas. Vamos ter um primeiro momento que é o processo de eleições diretas que será nos municípios. Aqui em alagoas estamos com 63 municípios aptos a fazer o processo eleitoral”, informou Sandra Lira.
Élida Miranda explica ainda que é natural no PT ter eleições com disputa e não por chapa única. “O partido tem várias correntes ideológicas e nesse momento das chapas e do debate é exatamente onde colocamos as teses e preposições pra os debates. O partido absorve pra si essa tarefa de ser radicalmente democrático porque a gente sai da lógica mais usual dos partidos do Brasil, a exemplo do PMDB da Câmara se comporta de um jeito porque tinha a liderança do Eduardo Cunha, já o PMDB do Senado se comporta de outro porque tem a liderança do senador Renan Calheiros”, exemplifica.
Candidatura pretende fazer reflexão sobre decisões do partido
De acordo com Sandra Lira, o objetivo de sua candidatura é fazer um aprofundamento critico e um balanço do período do governo petista.
“Vamos analisar o que fizemos de certo e errado e nos prepararmos melhor para esse período que se aproxima que é de muita adversidade para o povo brasileiro. Nós estamos vivendo um estado de recessão, um golpe de estado que veio para derrotar as urnas. A presidente Dilma foi eleita com um programa político e ela foi derrubada por um Congresso de forma ilegítima porque não havia nenhuma justificativa para o impeachment. Ao derrotar Dilma, o Congresso substitui o programa que as urnas elegeu e coloca o programa que foi derrotado por quatro eleições consecutivas”, relata Sandra.
Com uma forte representação no segmento feminista, Sandra Lira e Elida Miranda também comentaram sobre a eleição para a presidência nacional do partido.
A chapa Muda PT, na qual elas são candidatas defendem o nome do senador Lindbergh Farias, como presidente do PT na abrangência nacional, mas as duas também teceram elogios para a outra possível postulante ao cargo, a senadora Gleisi Hoffmann.
“A eleição municipal começa nos municípios e vai subindo pra o plano estadual e plano nacional. Nós aqui também vamos escolher os delegados de Alagoas ao Congresso e esses delegados estarão comprometidos com algumas das propostas. Então o debate é muito em cima das chapas no sentido das ideias, das teses. Nós temos o campo Muda PT, que onde participamos apresentando inicialmente a candidatura do Lindbergh Farias, porque ele representou nesse processo o enfrentamento do golpe, um enfrentamento firme dentro do Senado. Ele tem essa disposição que a gente acha que o partido também deve ter. O partido tem que ser guerreiro, de luta”, ressalta Sandra Lira.
Por fim, elas tanto Elida Miranda quanto Sandra Lira ressaltaram a importância dos debates para que o PT possa nas próximas eleições não se mostrar tão flexíveis nas alianças partidárias.
“Esse debate interno exatamente nos levar a refletir que fomos muitos flexíveis nessas alianças, que deixamos muito espaço aberto pra esses aliados e aliados que não cumpriram com os compromissos. Tivemos alianças que no final se mostraram oportunistas e traidoras”.
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