Política

Em ato contra reformas, entidades e deputado Paulão destacam mobilização

Categorias de vários segmentos e população tomaram as ruas de Maceió

31/03/2017 14h50
Em ato contra reformas, entidades e deputado Paulão destacam mobilização
Reprodução - Foto: Assessoria

Nesta sexta-feira (31), várias categorias, entidades sindicais, movimentos pela terra e os representantes da Justiça do Trabalho em Alagoas se uniram em manifestação contra as reformas do governo federal que visam por em xeque vários direitos adquiridos pelo trabalhador brasileiro, como a reforma da previdência, a trabalhista e também a questão da terceirização.

As diversas categorias envolvidas iniciaram concentração logo cedo na Praça Deodoro e seguiram pelas ruas do Centro da capital alagoana até a sede do Tribunal Regional do Trabalho em Alagoas (TRT-AL).

Rilda Alves, presidente da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL), disse que a mobilização visa motivar a sociedade a participar destes eventos, como foi a caminhada realizada no dia 15 de março. “Vamos continuar nas ruas por conto desse pacote de medidas danosas que está tramitando no congresso e que, a cada dia que passa, tira direitos da classe trabalhadora desse país”, informou.

“Infelizmente é um governo que não tem compromisso com a classe trabalhadora como congresso, em sua maioria, e esse ato vem para chamar a responsabilidade dos nossos deputados federais aqui do estado e os nossos senadores. Que eles pensem bem antes de votar nessas questões”, falou Rilda.

Segundo a presidente da CUT, a aprovação da terceirização foi ‘pior coisa que poderia ter acontecido’. Ela convidou a sociedade para greve geral que foi marcada em discussão das centrais sindicais para o dia 28 de abril. “Vai ser o dia de paralisação, todo o país vai parar”.

Consuelo Correia, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), falou da importância do movimento em todo o país. Além disto, ela disse que as entidades precisam traduzir para o trabalhador o que trazem cada uma das reformas que estão atacando os direitos trabalhistas.

“Precisamos engrossar essa trincheira de lutas. Ir aos terminais de ônibus, às feiras livres, fazer audiências públicas, aulas públicas e o Sinteal tem feito, ir na base dos parlamentares. Precisamos, principalmente nós alagoanos, àqueles que votaram contra o povo, não vamos dar um minuto de sossego. Eles tiram os nossos direitos e a gente tira o sossego deles porque não dá para que o povo fique quieto com esse desmonte no nosso país”, disse a presidente do Sinteal.

Paulão comparece ao ato e demonstra surpresa positiva com mobilização

O deputado federal Paulão (PT), esteve presente na manifestação desta sexta-feira em Maceió e gostou do que viu. “Estou vendo como uma boa surpresa. Nós tivemos dia 08 de março, uma boa mobilização no Dia Internacional da Mulher, no dia 15 e agora no dia 31. Está numa crescente”.

Ele disse também que está ocorrendo um desmonte do papel do estado como gestor da economia. “Petrobras sendo desmontada, retirada de direitos trabalhistas, flexibilização, terceirização e a previdência. E o povo está percebendo, uma parte da classe média que foi para as mobilizações percebeu que está sendo enganada. É na mobilização que conseguimos evitar esse pacote de maldades desse governo ilegítimo”, frisou o deputado federal.

Paulão também falou sobre o andamento destas reformas. “Eu vejo que hoje a reforma da previdência não passa. Ela já atingiu a Câmara e a Câmara começa a ter medo e muda voto. A trabalhista a gente que trabalhar mais um pouco, mas aos poucos muda. Veja que a terceirização geralmente eram 120 votos, hoje são quase 200, perdeu por 18. Então o caminho é a luta, a mobilização, pressionar os deputados em cada estado. É melhor pressionar o deputado no seu estado e ter o lema: ‘se votar, não volta’”, encerrou o petista.