Polícia
Motocicletas eram encomendadas para desmanche, aponta PC em operação contra quadrilha em Maceió
Operação Desmanche 2 cumpriu mandados em 5 bairros; peças roubadas abasteciam o mercado ilegal
Motocicletas eram encomendadas por criminosos para serem furtadas ou roubadas com o objetivo de serem desmontadas e terem suas peças revendidas no mercado paralelo. A informação é da Polícia Civil de Alagoas, que desde junho de 2024 vinha investigando uma organização criminosa especializada nesse tipo de crime. As apurações resultaram na Operação Desmanche 2, deflagrada nesta quinta-feira (25), em Maceió.
A operação teve como alvos oficinas situadas nos bairros Ponta Grossa, Trapiche, Pontal da Barra, Clima Bom e Vergel do Lago. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados judiciais: 4 de prisão e 10 de busca e apreensão.
De acordo com o delegado Igor Diego, diretor da DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), o grupo atuava de forma estruturada, realizando todo o ciclo criminoso:
“Verificamos diversas situações em que motocicletas específicas, de determinados modelos e ano, eram encomendadas para furto ou roubo, com o único objetivo de alimentar o mercado ilegal de peças”, explicou o delegado.
Segundo as investigações, as motocicletas eram desmontadas nas oficinas investigadas, e suas peças revendidas ilegalmente ou reaproveitadas em outros veículos, dificultando a identificação e rastreamento pelas autoridades.
Durante a operação, um dos suspeitos foi preso em flagrante com arma de fogo e munições, e outros detidos já possuíam antecedentes criminais. Um deles, inclusive, era investigado por homicídio na cidade de Dois Riachos e foi preso recentemente em Limoeiro de Anadia.
“Esse tipo de crime patrimonial só existe porque há um mercado paralelo ativo. Enquanto houver pessoas comprando peças de procedência duvidosa, esses grupos continuarão agindo”, alertou o delegado Igor Diego.
A operação contou com o apoio de diversas unidades especializadas da Polícia Militar, incluindo BOPE, CPChoque, ROTAM, RAIO, BPTran e BPRv. Pela Polícia Civil, atuaram equipes da DRACCO, Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e TIGRE. O Departamento Estadual de Aviação (DEA) forneceu suporte aéreo durante toda a ação.
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