A Polícia Civil de Alagoas, por meio da Unidade de Seguimento de Homicídios da 3ª Região, informa que já foram adotadas as providências investigativas iniciais sobre o homicídio qualificado ocorrido na noite da última quinta-feira (18), na comunidade do Alto São Jorge, em Batalha-AL. A vítima foi identificada como Antônio Florêncio da Silva, morto com o emprego de arma de fogo.

O delegado Frank Vieira, titular da Delegacia de Homicídios da 3ª Região e responsável pela investigação, explicou que, de imediato, foram requeridas a realização de perícia no local do crime e solicitadas as imagens de câmeras de vigilância da área.

Durante as diligências, três adolescentes foram apreendidos e um jovem de 18 anos preso, todos apontados como supostos autores do homicídio. O delegado destacou ainda o trabalho das guarnições da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar, que realizaram buscas ininterruptas durante a madrugada e conseguiram capturar os suspeitos.

A Polícia Civil informou que as suspeitas são de que o crime ocorreu porque os investigados acreditavam que a vítima cometeu abusos sexuais contra crianças.

Porém, não está constatado o envolvimento dela em crimes sexuais contra menores de idade. Conforme a Polícia Civil, essa é a versão levantada pelos suspeitos à delegacia.

"Em suas declarações, os conduzidos disseram que a vítima assediou a irmã de um dos adolescentes e a filha de um suposto envolvido no delito. A narrativa era que era estuprador. [...] Ao longo das investigações vamos elucidar esse ponto", afirmou o delegado Frank Vieira, titular da Delegacia de Homicídios da 3ª Região responsável pela investigação.

Também há suspeitas, segundo a Polícia Civil, de que o crime tenha sido ordenado pelo comando de uma facção criminosa e que esta teria fornecido armas para a execução.

Antônio Florêncio era músico, tocava saxofone e se apresentava na Igreja. De acordo com o delegado Frank Vieira, "a comunidade de Batalha está perplexa. Dizem que era um homem bom desde a época da infância. Vamos levantar a vida social dele", afirmou a autoridade policial.

Com as prisões, já foi instaurado auto de investigação de ato infracional em relação aos adolescentes, enquanto para o maior de idade será instaurado inquérito policial. Por se tratar de crime contra a vida, o caso será apreciado pelo Tribunal do Júri.

A Polícia Civil de Alagoas reafirma seu compromisso de servir e proteger a sociedade, dando continuidade às diligências para a completa elucidação do crime.