Polícia

Força-tarefa é montada para localizar corpo de bebê de 15 dias desaparecida em Novo Lino

Polícia trabalha hipótese de que recém-nascida esteja morta após novo depoimento da mãe

Por Tribuna Hoje 14/04/2025 15h35 - Atualizado em 14/04/2025 16h31
Força-tarefa é montada para localizar corpo de bebê de 15 dias desaparecida em Novo Lino
Força-tarefa é montada em Novo Lino para encontrar corpo de bebê desaparecida - Foto: Edilson Omena

A principal linha de investigação do caso Ana Beatriz, bebê de apenas 15 dias, desaparecida na sexta-feira (11) em Novo Lino, interior de Alagoas, é de que a criança pode estar morta. Nesta segunda-feira (14), uma força-tarefa formada pela Polícia Civil, Militar e pelo Corpo de Bombeiros foi montada para investigar o caso. 

As equipes iniciaram as buscas pela recém-nascida, próximo a casa da família, na zona urbana de Novo Lino. A ação conta com a ajuda de cães farejadores especializados em localizar corpos. A hipótese é considerada após Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, mãe de Ana Beatriz, mudar a versão inicial do seu depoimento. Nesta, ela afirma não haver carro e nem suspeitos.

Forças policiais estão na cidade em busca da criança (Foto: Edilson Omena)

Conforme o delegado Igor Diego, coordenador da força-tarefa e titular da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), o novo depoimento da mãe levantou dúvidas e alterou completamente os rumos da investigação. 

O delegado não passou maiores detalhes sobre a nova versão apresentada por Eduarda, de acordo com ele poderia atrapalhar os rumos da investigação. No entanto, ressaltou que a polícia passou a trabalhar com a possibilidade de ocultação de cadáver. “O trabalho de campo, com uso de cães e buscas direcionadas, segue orientações técnicas com base no material já levantado pela investigação”, falou Igor Diego.

As equipes policiais estão mobilizadas na cidade em busca da criança.

O José Wellington, advogado de Eduarda Oliveira disse que a cliente segue bem solicita dando as informações necessárias para as autoridades, mas que  ela segue sendo acompanhada por médicos e com medicamentos. 

"A nossa cliente está colaborando, sendo muito solicita, tendo o acompanhamento do psicólogo. Assim como, toda a família. Estamos dando todo o suporte jurídico, porém, é preliminar as informações até aqui, vamos deixar a Polícia Fazer o seu papel e dá uma resposta a sociedade. Estamos aguardando, até porque a sociedade busca essa resposta. É um sentimento nacional, somos pais e mães. Mas, vamos aguardar o desfecho do caso e após isso, vamos ter um novo momento para falar. Estou chegando agora no caso e então nem o inquérito policial tive acesso pois a polícia estão fazendo o trabalho. Como disse, nesse momento temos que deixar as instituições fazer seu trabalho, pois todos aqui estão debruçados em trazer a recém-nascida de volta. Na tarde de hoje estava acompanhando a cliente no médico, como tosos sabem, ela segue no período pós-parto – que na verdade, a qualquer momento pode ter um indício de depressão pós-parto. Os médicos requisitaram remédios que levassem a essa situação emocional que levasse Eduarda a ter melhor conforto psicológico e começar a sentar para que venha as informações em relação a tudo isso''.

A prefeitura de Novo Lino gestão vem dando apoio tanto à família quanto as autoridades para tentar solucionara o caso. ‘’A gente sempre veio dando apoio na questão de saúde com ambulância, orientação médica, apoiando toda a família porque a gente sabe que não é um caso fácil e o que a gente quer no momento é encontrar a Ana Beatriz. Eu não queria nem na verdade ir a fundo, nem acreditar nessa possibilidade que a menina esteja morta. Na verdade estou aqui também como mãe e torcendo para que a menina apareça com vida. Mas, o que eu tenho para declarar para toda a imprensa que a Prefeitura de Novo Lino sempre esteve presente pedindo todo o apoio ao Governo do Estado, o secretário Flávio, as Polícias Militares e Civil para que solucionem o caso’’, ressaltou Marcela Gomes, prefeita de Novo Lino.

Em relação aos acompanhamentos com médicos e psicólogos sobre uma depressão pós-parto, a prefeita de Novo Lino informou que não tinha como confirmar se houve algum acompanhamento ou laudo, mas que tudo que foi preciso durante a gravidez, fichas, pré-natal e etc. E isso tudo foi passado para os delegados’’, esclareceu Gomes.