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Polícia Científica apreende dispositivos em operação de combate à comercialização de pornografia infantil

Material foi encontrado na casa de um suspeito que teve a prisão temporária decretada pela justiç

Por Aarão José e Maria Costa / Ascom Polícia Científica 29/11/2024 17h47 - Atualizado em 29/11/2024 18h40
Polícia Científica apreende dispositivos em operação de combate à comercialização de pornografia infantil
Peritos criminais apreenderam um computador, um celular, um adaptador e o modem na casa do suspeito - Foto: Ascom Polícia Científica

A apreensão de dispositivos eletrônicos realizada por policiais científicos de Alagoas na quinta-feira (28), em uma operação conjunta com às Polícias Civil de Alagoas e do Distrito Federal pode esclarecer um esquema de comercialização de pornografia infantil. O material foi encontrado na casa de um suspeito que teve a prisão temporária decretada pela justiça.

Na operação, peritos criminais apreenderam um computador, um celular, um adaptador e o modem na casa do suspeito. As investigações iniciais apontaram que esse homem de 26 anos, utilizava um perfil falso em aplicativos de conversa para conseguir e divulgar conteúdos de pornografia infantil.

O perito criminal e chefe de perícias internas, Ivan Excalibur, explicou que os dispositivos encontrados foram todos lacrados e serão devidamente encaminhados para perícia em laboratório. Ele explicou ainda que os integrantes do setor de informática do IC vão ao local para exames preliminares, com ferramentas específicas, que irão caracterizar um possível flagrante. Além de garantir a cadeia de custódia do material apreendido.

“Os aparelhos foram apreendidos para exames mais minuciosos e serão encaminhados para perícia no departamento pericial da Polícia Civil do Distrito Federal, para análise e extração de dados, a fim de se encontrar evidências dos crimes, hora investigados", afirmou Excalibur.

As investigações iniciaram-se, após a tia de uma das vítimas descobrir o conteúdo das mensagens, e denunciar o caso ao 26° DP do Distrito Federal, na região administrativa de Samambaia. A sobrinha dela, de apenas 13 anos, foi pressionada pelo perfil, a enviar mais conteúdos pornográficos.

O suspeito usava aplicativos de mensagens Litmatch e Instagram para ganhar a confiança das vítimas, todas meninas, e solicitar imagens. A partir daí fazia ameaças, indicando que caso não mandassem mais imagens e vídeos, o conteúdo seria enviado para parentes e amigos das vítimas.

Na investigação ainda foi revelado que essas imagens eram comercializadas em sites de conteúdo adulto. As perícias nos equipamentos serão de extrema importância para identificar quem produz, comercializa e compra esse tipo de material.

Armazenar material de pornografia infantil é crime com pena de 1 a 4 anos de prisão. Para quem compartilha, a pena é maior de 3 a 6 anos de detenção e 4 a 8 anos de prisão para quem produz esse tipo de material.