Polícia

IML revela detalhes da causa da morte de menina em Rio Largo

Perícia do Instituto de Criminalística encontrou manchas de sangue até na fruteira da casa

Por Tribuna Hoje com assessoria 08/07/2024 14h06 - Atualizado em 08/07/2024 22h27
IML revela detalhes da causa da morte de menina em Rio Largo
A mãe de Laura foi presa em flagrante - Foto: Reprodução

O Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML de Maceió) divulgou na manhã desta segunda-feira (8) a causa da morte da menina assassinada e que tem como acusada a própria mãe, no município de Rio Largo. O exame de necropsia confirmou que Laura Maria Nascimento Braga, de 7 anos, foi vítima de choque hemorrágico.

O crime aconteceu no interior da residência da família, na rua do Sol, próximo à Praça do Galo, no Centro de Rio Largo, região metropolitana de Maceió. Familiares e vizinhos escutaram os pedidos de socorro da criança e conseguiram entrar no imóvel, onde encontraram a menina ferida e ensanguentada. Uma tia socorreu a criança até um hospital da cidade, mas a menina não resistiu aos ferimentos e entrou em óbito na unidade hospitalar.

No momento do assassinato, Laura estava sozinha em casa com a mãe, Thamiris de Oliveira Braga, de 35 anos, que foi presa em flagrante. A advogada da mulher informou que a cliente afirmou não saber que tinha matado a filha. "Estava deitada na cama e quando viu, a criança já estava ensanguentada. Ela correu, abraçou [a menina] e começou a gritar para os vizinhos ajudarem".

A mãe e o pai da menina foram levados para a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o delegado Alcides Andrade, ao ser interrogada ainda no local, a mãe ficou calada e não respondeu os questionamentos. Já o pai contou que não havia histórico de violência e nem maus tratos na relação entre mãe e filha. Mas disse que, após sofrer um acidente, a esposa passou a apresentar problemas psicológicos.

Perícia

Joelson Rodrigues, perito médico-legista responsável pelo exame cadavérico, explicou que durante a análise no corpo da criança foram constatadas lesões perfuro-cortantes nas regiões cervical, torácica e da cabeça. Também foram encontradas equimoses provocadas por lesões contusas na região da face, cabeça, pescoço e no flanco esquerdo do corpo da menina.

“A menina veio a óbito devido ao choque hemorrágico, decorrente dos ferimentos no tórax provocado por um instrumento perfuro-cortante, tipo arma branca. No exame não foi constatado sinais evidentes de violência sexual na criança”, explicou Joelson Rodrigues.


Os peritos criminais Yuri Atayde e Marina Lacerda Mazanek, responsáveis pela perícia de local crime, explicaram que inicialmente estiveram no hospital onde o corpo da criança estava. Em seguida, a equipe do Instituto de Criminalística de Maceió foi para a residência onde aconteceu o fato, mas que devido à necessidade de tentar salvar a vítima, o local precisou ser violado, alterando a cena do crime.


“Encontramos sangue em todos os cômodos, as marcas de gotejamento que poderiam determinar uma dinâmica estavam pisadas. A maior concentração de sangue estava no banheiro e na cama da menina. Mas, também identificamos gotejamento de sangue na cozinha, sala, manchas de contato na parede e até nas frutas da fruteira. Quem tentou socorrer também se sujou de sangue e terminou sujando outras partes da casa”, disseram os peritos criminais.

A faca usada no crime foi apreendida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital e depois deverá ser encaminhada para perícia. O corpo de Laura Maria foi liberado pelo Instituto Médico Legal Estácio de Lima na noite do último sábado (6).