Interior

Homem é condenado a 28 anos por tentativa de feminicídio em Capela

Carlos Rondinelly deixou o rosto da vítima 'desfigurado' em outubro de 2022 e fugiu em seguida

Por Tribuna Hoje com assessoria 19/09/2025 13h09 - Atualizado em 19/09/2025 19h58
Homem é condenado a 28 anos por tentativa de feminicídio em Capela
Os jurados reconheceram qualificadoras como motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima - Foto: Cortesia

O Tribunal do Júri de Capela condenou, nessa quinta-feira (18), Carlos Rondinelly Borges Lopes a 28 anos e sete meses de prisão em regime fechado, pelo crime de tentativa de feminicídio contra sua companheira, cometido em outubro de 2022. O julgamento foi presidido pelo juiz André Parizio.

Os jurados reconheceram qualificadoras como motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e o fato de o crime ter sido cometido na presença de ascendente, já que a agressão ocorreu na casa da avó da mulher. O juiz destacou que o crime evidenciou a gravidade da conduta do réu: "As agressões revelaram um intenso dolo de matar e um profundo desprezo pela vida humana", afirmou Parizio, ressaltando a brutalidade do ataque.

O magistrado também comentou o histórico violento de Carlos, considerado uma pessoa temida em Capela, devido a seu temperamento agressivo e antecedentes de ameaças e violência. Ele reforçou que o acusado já havia feito constantes ameaças à vítima, além de humilhações e comportamentos possessivos ao longo do relacionamento.

O crime

De acordo com o processo, o relacionamento entre Carlos Rondinelly e a vítima era marcado por episódios de violência doméstica. No dia 16 de outubro de 2022, durante a festa de emancipação política de Capela, o acusado agrediu a mulher e foi contido por policiais. Após ser liberado, ele foi até a casa da avó da vítima, arrombou a porta e voltou a agredi-la com extrema brutalidade, impedindo que a idosa chamasse por socorro.

A vítima teve o rosto desfigurado, dentes quebrados e só sobreviveu porque foi socorrida a tempo. Testemunhas relataram que o acusado só interrompeu as agressões quando acreditou que a mulher já estava morta.