Interior
‘Aqui na MVV, sei que posso ser livre’, diz empregado LGBTQIAPN+
Mineração Vale Verde cria ambientes seguros para debater pauta da inclusão dentro da empresa

No último sábado, 28 de outubro, reverenciou-se o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+. Orgulho de ser, de pertencer, de mostrar-se ao mundo sem máscaras.
Como junho é o Mês da Diversidade, nesta última quinta-feira (26), a Mineração Vale Verde (MVV) realizou o evento “Ouvir Para Incluir” e abriu ainda mais as perspectivas para ouvir os empregados e empregadas da comunidade LGBTQIAPN+ dentro da Mina Serrote, em Craíbas.
Um ambiente seguro foi criado para que cada um partilhasse sua história, diante dos medos, desafios e da beleza de ser o que se é.
“Queremos que a nossa empresa seja exemplo para as outras, também neste aspecto, onde o acolhimento é o nosso principal idioma. Queremos saber o que faz sentido ser implantado para as pessoas LGBTQIAPN+. Este momento é essencial e não deve ser uma oportunidade de apenas um dia neste mês de junho; encontros assim devem acontecer com regularidade. Cada um aqui está na nossa empresa, essencialmente, por suas competências profissionais. E ter essa diversidade é algo de muita potência em nosso ambiente de trabalho, algo que tem todo o nosso apoio”, diz o gerente geral da MVV, Breno Martins.
Para a gerente de Administrativo e RH da MVV, Dione Queiroz, essa abertura mostra a maturidade que a empresa tem em acolher e respeitar cada pessoa.
“Estamos aprendendo junto com o mundo e mudando junto. Então, assim como a sociedade, estamos em processo de mudança. Recentemente, a MVV lançou a campanha Respeito, onde alguns princípios são adotados para a boa convivência, com ‘Comportamentos Inspiradores’ e ‘Comportamentos Não Aceitáveis’. E não haverá tolerância para quem agir com preconceito”, ressalta Dione.
EDUCAR ANTES
No plano geral, os participantes do encontro relataram que são devidamente respeitados em nosso site.
“Aqui me sinto bem. Acredito que nossa atitude deva ser mais educativa do que punitiva, sobretudo, com pessoas sem conhecimento dessa pauta. É preciso educar primeiro para depois intervir com rigor. Ficamos aliviados por saber que a MVV está do nosso lado, caso precisemos acioná-la”, comenta João Carlos Silva, analista de Suprimentos da MVV.
OUVIR PARA INCLUIR
Como ouvinte, estava lá a presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio da Mineração (CIPAMIN+A), Beatriz Souza, para assegurar que estava atenta e para se colocar à disposição, a fim de atender a todos e todas nesta luta conjunta.
“Vocês têm total apoio da CIPAMIN+A. Nos procurem sempre! Nossa intenção é fazer palestras educativas sobre o assunto, também”, adianta ela, que é analista de Geotecnia da Barragem da MVV.
Outro que estava ouvindo atentamente era Zhao Zhi — também conhecido como Zacarias —, que é especialista em Tradução na MVV.
“Na mineração, entendemos que os depósitos minerais derivam seu valor não da homogeneidade, mas da interação simbiótica de minerais, fraturas e processos metamórficos. Da mesma forma, as organizações prosperam quando identidades diversas — orientação sexual, expressão de gênero e herança cultural — são reconhecidas como camadas estratigráficas de inteligência coletiva. Esta iniciativa de diálogo aqui na Mina de Serrote exemplifica essa verdade: ao construir uma estrutura segura para o diálogo, emulamos a estabilidade geológica, onde o atrito se transforma em energia e as diferenças catalisam o progresso. A missão da MVV é construir uma cultura onde as ‘vozes diversas’ não sejam mais abstrações estatísticas, mas, sim, pilares líticos. O horizonte industrial, tingido com o pêssego do amanhecer e o violeta do anoitecer, nos convoca a reconhecer que a inclusão é a amostra central do nosso sucesso coletivo. A vida é colorida. Por que nós, humanos, não poderíamos também ser?”, pontua o empregado chinês.
Exemplo claro é João Pedro Oliveira, analista ambiental da empresa, que afirmou “estar em casa”.
“Consigo ser quem eu sou aqui dentro. Minha sexualidade nem é pauta. Somos profissionais. Faço as entregas, como qualquer pessoa. Somos avaliados por isso, apenas. E não me sinto ‘peixe fora d’água’ por ser LGBTQIAPN+. Me sinto muito acolhido aqui na MVV! Quando entrei na empresa, enquanto terceirizado, muitos colegas de trabalho sempre me chamavam e diziam que nenhum preconceito seria tolerado na Mina Serrote! Aqui sei que posso ser livre”, conclui João Pedro.
Pedra nenhuma no caminho da MVV nesta pauta. É o que se espera, é o que se vê cada vez mais nesse novo caminho de liberdade no nosso Agreste alagoano. Sigamos vivos e brilhando!
SOBRE A MVV
A MVV atua nas atividades de exploração, mineração, beneficiamento e comercialização do concentrado de cobre no Agreste alagoano, em Craíbas. A empresa foi adquirida em abril de 2025 pelo grupo chinês Baiyin Nonferrous, que atua na mineração, fundição, processamento e comércio de diversos metais não ferrosos. O compromisso da MVV é trabalhar de forma segura, respeitando o meio ambiente e as comunidades, investindo em iniciativas que contribuem para o desenvolvimento do território.
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