A operação de remoção do ônibus que caiu na Serra da Barriga, em União dos Palmares, Zona da Mata de Alagoas, entrou no terceiro dia nesta sexta-feira (27), revelando os enormes desafios enfrentados pelas equipes técnicas para içar o veículo que, em novembro do ano passado, despencou de um penhasco de cerca de 200 metros, provocando a morte de 20 pessoas e deixando dezenas de feridos.

O trabalho, iniciado na última quarta-feira (25), ocorre sete meses após a tragédia e visa possibilitar uma perícia completa no veículo. 

Durante a operação, guinchos com cabos de aço foram usados para erguer o ônibus, que já chegou a ser içado até aproximadamente 40 metros. Contudo, devido à complexidade do terreno e ao peso da estrutura, as equipes decidiram, neste terceiro dia, cortar o ônibus em duas partes para facilitar a retirada.

Apesar dos cuidados, um novo incidente marcou a operação. Na última quarta-feira (25), o cabo de aço de um dos guinchos rompeu durante o içamento, provocando um movimento brusco, conhecido como efeito “chicote”, que atingiu o motorista responsável pela manobra. 

Segundo informações, ele sentiu fortes dores no pescoço e foi levado ao Hospital Regional da Mata (HRM), onde recebeu atendimento e foi liberado após avaliação médica.

TRAGÉDIA

O acidente ocorrido em novembro de 2024 foi um dos mais trágicos da história recente de Alagoas, causando comoção nacional. A demora de sete meses para iniciar a retirada do veículo gerou críticas e questionamentos sobre a condução do caso.

A expectativa é que, com a remoção do ônibus concluída, novas perícias possam contribuir para esclarecer as causas do acidente e responsabilidades envolvidas. A operação segue sob acompanhamento das autoridades e com reforço de segurança para evitar novos incidentes.