Interior
MST ocupa fazenda improdutiva no Agreste de Alagoas neste sábado (26)

Integrando a Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, famílias ligadas ao MST em Alagoas ocuparam na madrugada deste sábado (26) uma fazenda improdutiva onde iniciam novo acampamento Sem Terra, mesmo sob ameaça de homens armados na região, intimidando a ação dos trabalhadores rurais. A fazenda localizada no município de Arapiraca, no Agreste do estado, próximo à Vila Bananeira, foi ocupada por 300 trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Sob o lema “Ocupar para o Brasil alimentar”, a ocupação reivindica a destinação das terras improdutivas na região para o fortalecimento da produção de alimentos saudáveis para a sociedade. A área ocupada, pertencente ao Grupo Bananeira, está improdutiva desde 2012 e é a principal denúncia dos Sem Terra.
De acordo com a coordenação do MST, a ocupação representa ainda um alerta para a sociedade sobre a necessidade da Reforma Agrária no estado. “Seguimos com um estado marcado pela concentração de terras e ainda com muitas famílias que não possuem um pedaço de terra para trabalhar e viver. Aqui na região não é diferente”, sinalizou o Movimento.

Com o início dos barracos de lona sendo levantados, a ocupação do MST deve de imediato organizar mutirões de trabalho coletivo para os primeiros passos do preparo da terra para o plantio. “Queremos mudar a cara desse local: o que antes era improdutivo, nós queremos diversidade de produção, preservação dos bens da natureza e famílias vivendo com dignidade”, apontou a coordenação do MST.
“Nenhum Camponês sem terra”
Entre as ações coletivas, os trabalhadores e trabalhadoras rurais devem realizar na tarde de hoje (26) um plantio simbólico de mudas de árvores no novo acampamento em homenagem ao Papa Francisco, especialmente em agradecimento ao seu legado em defesa dos camponeses e camponesas em todo o país.
A ação integra uma iniciativa nacional do MST neste sábado, dia em que o corpo do Papa está sendo enterrado. “Aqui é uma homenagem ao Papa, mas vai mais além disso: queremos com essa ação já demarcar nossa posição nas terras que ocupamos, com produção de comida e preservação dos bens da natureza”, comentou a coordenação do Movimento.
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