As marcas da seca voltam a castigar o sertão de Alagoas. Nesta terça-feira (8), o Diário Oficial da União trouxe o reconhecimento da situação de emergência nos municípios de Belo Monte, Jaramataia e Piranhas, atingidos por longos períodos de estiagem. A medida, assinada pelo Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros, permite que essas cidades tenham acesso a recursos federais com maior agilidade, para ações emergenciais que aliviem o sofrimento da população.

O cenário não é novo, mas continua preocupante. Famílias inteiras enfrentam dificuldades para acessar o mínimo: água potável, alimentos e condições básicas de sobrevivência. Com a publicação da portaria, as prefeituras já podem solicitar apoio financeiro para a compra de cestas básicas, kits de higiene, colchões e refeições para equipes de apoio e voluntários.

Na semana passada, outros cinco municípios alagoanos — Água Branca, Batalha, Inhapi, Pariconha e Traipu — também tiveram o reconhecimento da situação de emergência, reforçando o quadro crítico que se estende por diversas regiões do estado.

A medida federal tem efeito imediato e visa proteger especialmente os mais vulneráveis: idosos, pessoas com deficiência, crianças e comunidades isoladas. Para quem vive do pequeno plantio ou da criação de animais, a seca é devastadora. Sem chuva, o solo endurece, as roças não produzem e o gado adoece por falta de pasto e água.

Restabelecer a normalidade será um desafio coletivo. O apoio dos governos federal, estadual e municipal é essencial para garantir a sobrevivência de famílias que, dia após dia, enfrentam o calor escaldante e a incerteza sobre o amanhã.