Interior
Seca e calor no Agreste já comprometem a próxima safra de mandioca e abacaxi
Clima quente, com temperaturas variando entre 32 e 36 graus, provoca uma estiagem rigorosa no meio rural
As altas temperaturas registradas nos dois últimos meses do ano, no município de Arapiraca e em outras cidades do Agreste alagoano, já comprometem a safra da mandioca, abacaxi e outras culturas na região.
O clima quente, com temperaturas variando entre 32 e 36 graus, provoca uma estiagem rigorosa no meio rural, que estava acostumado com temperatura máxima de 30 graus.
A região produtora está sem receber chuvas há cerca de cinco meses.
A baixa umidade está inviabilizando a evolução do plantio e prejudicando as lavouras. Havia a expectativa de chuvas para o fim de dezembro, mas os produtores agora enfrentam o solo seco e a previsão de baixa produtividade, com perdas significativas da ordem de 30 a 40%.
De acordo com o secretário-adjunto de Desenvolvimento Rural de Arapiraca e engenheiro-agrônomo Josimar da Silva, a falta de água na hora certa reduz a capacidade de desenvolvimento das lavouras, o que reforça a necessidade de chuvas regulares desde a semeadura até o desenvolvimento da planta.
Ele explica que os produtores de abacaxi apostaram no cultivo de mais 500 hectares para a safra 2024/2025. Dessa área, o engenheiro-agrônomo revela que 40% da produção está comprometida por conta da redução do tamanho dos frutos, com prejuízos aos agricultores da região.
Josimar da Silva salienta que a expectativa era de uma colheita de 10 mil toneladas de abacaxi, mas a estiagem já comprometeu mais de 30% da safra deste ano.
Seca e praga do ácaro rajado
Outras culturas também sofrem com o calor intenso na região. O ano de 2025 começa com incertezas para os produtores de mandioca no Agreste alagoano.
Além da baixa umidade no solo, o cultivo da mandioca em Arapiraca e região sofre com a praga do ácaro rajado, que é encontrado na face inferior das folhas, preferencialmente nas partes medianas e basal da planta.
O inseto é uma das principais pragas do cultivo de mandioca, atacando as brotações, gemas e folhas novas da planta, causando amarelecimento, baixo desenvolvimento e queda das folhas, resultando em reduções de produtividade.
Ainda de acordo com o secretário-adjunto de Desenvolvimento Rural de Arapiraca e engenheiro-agrônomo Josimar da Silva, a safra de mandioca no Agreste deve registrar uma queda de 40% na colheita este ano.
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