Interior
Moradores denunciam fechamento de um trecho da AL-101 que dá acesso às praias da Lage e do Patacho
Já se tornou rotina nas principais praias da Rota Ecológica a guerra declarada entre moradores e empresas de construção pelo acesso às praias. Já aconteceu e continua acontecendo no Marceneiro, nas praias do Riacho e do Toque, em São Miguel dos Milagres e nas praias da Lage e Patacho, em Porto de Pedras, que são os espaços mais cobiçados por construtoras para implantar seus custosos empreendimentos turísticos imobiliários, onde o metro quadrado pode custar até 300 mil reais. Agora, uma nova polêmica, que na verdade começou há alguns anos atrás, tomou conta das redes sociais, onde moradores e um vereador estão denunciando o fechamento de um trecho da AL 101 Norte, em Porto de Pedras.
Tudo começou em 2022, quando o vereador Caio Borghetti levantou um alerta importante para a população sobre o projeto de fechamento da AL 101 Norte, proposto pela construtora Podium, que pretendia construir um condomínio de luxo na região. A preocupação do parlamentar era preocupante, pois o projeto previa que o fechamento da via comprometeria o acesso da população às praias de Lage e Patacho, áreas conhecidas por sua beleza natural e importância turística.
Naquela época, o prefeito Henrique Vilela foi contra as preocupações levantadas, afirmando que o acesso às praias não seria interrompido. No entanto, o projeto avançou e foi aprovado pela câmara de vereadores sob a presidência de Allan de Jesus.
Agora, em 2024, a população se depara com a realidade do fechamento da via centenária. A estrada, que sempre foi um caminho direto para as praias, está sendo bloqueada, obrigando o tráfego a desviar para trás dos novos empreendimentos de luxo à beira-mar. Essa mudança já havia sido implementada em um trecho no Patacho, e agora se estende para as praias vizinhas, incluindo Lage.
O vereador, que desde o início se opôs ao projeto, expressou sua preocupação sobre o impacto dessas obras, já que a população está perdendo o direito de acessar livremente esses espaços naturais, que são parte da herança cultural e ambiental do município, afirmou o vereador. É que com o fechamento deste trecho e a reconfiguração da estrada para contornar os empreendimentos, cresce a preocupação de que mais trechos da costa possam seguir o mesmo destino, limitando ainda mais o acesso da população às praias. A comunidade local está agora em busca de alternativas e mobilizações para garantir que os direitos de acesso às praias sejam mantidos, mesmo diante das novas construções.
Por outro lado, o prefeito Henrique Vilela, usou as redes sociais para rebater a denúncia, afirmando a via não será fechada.
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