Interior
Ministério Público oferece denúncia contra mãe e padrasto de criança de 4 anos agredida
Menino foi espancado e teve o fêmur quebrado; denúncia é pelos crimes de lesão corporal grave, omissão de socorro e maus-tratos
A proteção que deveria existir foi substituída por agressão, o amor materno atropelado pelo desleixo e conivência. Os direitos da criança descumpridos e um menino de quatro anos espancado ao ponto de ter o fêmur quebrado. Repudiando todas as atitudes, o Ministério Publico de Alagoas (MP/AL) ofereceu, nesta quinta-feira (2), denúncia contra a mãe e padrasto da vitima por lesão corporal grave, omissão de socorro e maus-tratos.
O promotor de Justiça Ivaldo Silva é quem esta à frente do caso que, para ele, exige punição severa como resposta à sociedade.
“Estamos diante de um caso de extrema violência, quando a pessoa que deveria ofertar amor e proteção, toda a condição de amparo, foi omissa e preferiu acobertar o companheiro quando brutalmente espancava seu filho de quatro anos. Uma criança indefesa que barbaramente teve o fêmur quebrado. O que pedimos é que sejam responsabilizados, condenados e paguem por pelos três crimes narrados”, afirma o promotor de Justiça.
Noutra vertente, a 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, tendo como titular o promotor de Justiça Luiz Alberto Holanda, por considerar a incapacidade de permanência pedirá a perda da guarda da genitora.
A mãe se encontra presa e, no caso, foi pedida a manutenção da prisão preventiva enquanto o padrasto se encontra foragido.
Caso
No dia 24 de abril de 2024, , por volta das 8h, no Conjunto Brivaldo Medeiros, Quadra Q, Lote 26, no bairro Graciliano Ramos, município de Palmeira dos Índios, uma criança de quatro anos foi brutalmente espancada.
Mãe e padrasto, em sã consciência e voluntariamente, colocaram a vida do menino em risco mediante lesão corporal grave, em consequência das agressões. Tamanha brutalidade causou indignação à sociedade.
A polícia foi acionada e , chegando ao local, a mãe teria negado a situação com o intuito de proteger o seu companheiro e padrasto da vítima.
“Mesmo vendo que a criança sofrera agressões graves e diante da situação em que se encontrava, com a perna quebrada, a mãe não prestou a menor assistência, quiçá levou o menino para receber atendimento hospitalar. Inaceitável”, reforça o promotor Ivaldo Silva.
No entanto, o Conselho Tutelar do município buscou ajuda relatando a mesma ocorrência. Por conta disso, os policiais retornaram à residência do casal e lá avistaram uma pessoa fugindo pelos fundos da casa. No caso era o padrasto da vítima.
Para não ser acusada das agressões, a mãe chegou a levar a criança para outra casa nas proximidades, mas a policia decidiu verificar a situação do menino.
No endereço informado, depararam-se com a criança deitada, com várias lesões além de uma possível fratura no fêmur.
“Então o Conselho Tutelar levou a criança até UPA para atendimento emergencial e lá foi verificada a gravidade da agressão, constatando por exames que havia fratura em seu fêmur”, evidencia o membro ministerial.
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