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Ex-BBB Felipe Prior se torna réu em novo caso de estupro
Ex-BBB Felipe Prior virou réu em novo caso de estupro após Ministério Público aceitar denúncia
Após ter a condenação por estupro confirmada e a pena aumentada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o ex-BBB Felipe Prior virou réu novamente por outro caso de abuso sexual. O processo foi revelado por meio de um documento do Ministério Público.
Segundo informações do g1, reveladas nesta terça-feira (17), Prior está sendo acusado de forçar relações sexuais com uma vítima, em uma barraca, em fevereiro de 2015, no Carnaval. O caso aconteceu na cidade de Votuporanga, no interior de São Paulo.
“No dia dos fatos, o acusado passou a beijar e a passar as mãos pelo corpo da vítima quando estavam na piscina, na presença de outras pessoas, o que deixou a ofendida constrangida, de modo que saíram dali e foram para uma barraca”, detalhou o Ministério Público, em documento sobre o caso.
Ainda conforme o MP, a vítima dormia em uma barraca e estava de biquíni quando ele a atacou. Vestindo uma sunga, Prior teria rapidamente se despido e forçado a cabeça da vítima contra seu pênis para que ela fizesse sexo oral nele. A vítima se defendeu, falou que não queria e empurrou ele.
“Contudo, aproveitando-se de sua força física, de seu peso e de seu tamanho, o acusado deitou a vítima e deitou-se sobre ela, colocando apressadamente uma camisinha no seu pênis. A ofendida disse não, que não iria transar com o acusado, sendo que ele não a ouvia e usou a força do peso do corpo dele, a configurar a violência, mantendo a ofendida imobilizada, para penetrar seu pênis na vagina da vítima, que sentiu dor, diante da total ausência de lubrificação”, disse o Ministério Público.
Ainda segundo o relato das vítimas e testemunhas do caso, Felipe Prior parou com o abuso quando percebeu que uma amiga da moça estava a caminho da barraca. Diante disso, a jovem agredida conseguiu empurrá-lo e sair. Por sua vez, o ex-BBB alegou que o sexo com a mulher foi consentido e negou o estupro.
O MP detalha ainda que Prior tentou descredibilizar a vítima. “O réu tenta fazer crer que a vítima teria inventado os fatos porque ficou enciumada por ele ter ficado [com outra mulher] no mesmo dia e até o final do evento carnavalesco. […] Os fatos somente foram revelados pela ofendida anos após o ocorrido, depois que a vítima tomou consciência efetiva de que tinha sido vítima de estupro e que não teve qualquer culpa pelo ocorrido. Se ela quisesse inventar os fatos para prejudicar o réu, por ter se sentido enciumada, ela teria feito isso naquela oportunidade”, comentou o promotor.
“Inventar fatos tão graves, por razões tão banais, não parece condizer com a personalidade da vítima. […] Os fatos somente foram revelados pela vítima às autoridades após ela saber que o réu tinha praticado fatos semelhantes com outras mulheres, inclusive, valendo-se do mesmíssimo modus operandi”, encerrou o promotor. Até o momento, a defesa de Prior não se manifestou.
Ex-BBB Felipe Prior teve condenação por estupro confirmada
Na última terça-feira (10), a Justiça de São Paulo decidiu confirmar a condenação de Felipe Prior por estupro. A decisão foi unânime e tomada por três desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Além da confirmação, a pena do ex-BBB foi aumentada de seis para oito anos, em regime semiaberto.
O julgamento do caso foi realizado pelos desembargadores Luiz Tolosa Neto (relator do caso), Ruy Alberto Leme Cavalheiro (revisor) e Márcia Lourenço Monassi. Conforme o TJSP, Felipe Prior respond a outros três processos por estupro.
O crime pelo qual foi condenado aconteceu em 2014. A decisão em primeira instância foi divulgada em julho de 2023. O ex-BBB se tornou réu em 2020.
Pronunciamento de Felipe Prior
Após a condenação virar notícia em julho de 2023, os advogados de Prior resolveram emitir um comunicado sobre o caso. No texto, publicado nas redes sociais do arquiteto, a assessoria dele afirmou ter certeza da inocência dele.
“Através do presente comunicado, com pesar, mas profundo respeito, a defesa de Felipe Antoniazzi Prior recebeu informações pelos meios de comunicação da sentença de procedência da ação penal. A qual, inclusive, sequer foi publicada e se encontra em segredo de Justiça”, começou a nota.
“A sentença será objeto de Apelação, face a irresignação de Felipe Antoniazzi Prior e de sua defesa, que nele acredita integralmente, depositando-se crédito irrestrito em sua inocência e de que, em sede recursal, lograr-se-á sua reforma, em prestígio à Justiça, reconhecendo-se sua legítima e verdadeira inocência, que restou patentemente demonstrada durante a instrução processual”, continuou.
Os comentários da publicação foram bloqueados. Por fim, os advogados de Prior negativaram a condenação de uma pessoa sem que o julgamento tenha acontecido. “Reafirmando-se a plena inocência de Felipe Antoniazzi Prior, repisa-se ser esse seu status cívico e processual, à luz da presunção de inocência, impondo-se a ele, como aos demais cidadãos em um Estado Democrático de Direito, como o pátrio, respeito, em primazia ao inciso LVII, do artigo 5º, da Constituição Federal brasileira que preconiza que ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatório’, para que não se incorra em injustiças, como muitas já assistidas, infelizmente, em nosso país”, encerrou.
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