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Projota fala da vontade de ser ator e diz ter ido ao teatro pela 1ª vez há 2 anos

Músico ainda lembrou início da carreira: 'Antes de ser uma carreira, já toquei de todo jeito: no asfalto quente, em cima de cadeira, gravei meus CDs em casa. Hoje o que tenho é luxo'

Por Texto: Carla Neves com Revista Quem 05/01/2019 18h18
Projota fala da vontade de ser ator e diz ter ido ao teatro pela 1ª vez há 2 anos
Reprodução - Foto: Assessoria
Antes da fama, Projota já passou muitos perrengues para cantar. Criado na periferia de São Paulo, o rapper precisou correr atrás para mostrar seu talento. "Meu dia a dia já foi mais corrido. Hoje já consigo até dar uma selecionada nas coisas, administrar melhor, porque quando a fome bate é que o bicho pega (risos). Mas, antigamente, quando precisava fazer acontecer era mais corrido e mais barato", lembra. "Hoje em dia faço shows maiores, em eventos com estruturas maravilhosas, na grande maioria das vezes. Antes de ser uma carreira, já toquei de todo jeito: no asfalto quente, em cima de cadeira, gravei meus CDs em casa. Hoje é luxo", acrescenta. É por isso que o rapper diz não ter do que reclamar. Muito pelo contrário. "Toda profissão tem suas dificuldades e momentos de incertezas. Tem muita gente que está trabalhando com o que nem ama só pela remuneração no final do mês porque precisa daquilo. Eu trabalho com o que eu amo, não tenho nada para reclamar, só para a agradecer a Deus mesmo", explica. Para Projota, a melhor parte de ser músico é compor. "A galera fala muito do show: 'nossa, como é tocar para uma multidão?'. Mas, para mim, não é tão bom quanto compor. A sensação de terminar uma música é êxtase máximo, eu ajoelho e choro. Porque eu só vou fazer aquele show porque eu fiz a música. É uma sensação de criação, você sente que criou algo que vai ficar eterno. O show é aquele momento e acabou. Estar no show é um êxtase momentâneo e a composição é para sempre", compara. ATUAÇÃO Em 2018, Projota teve uma experiência na atuação e acabou gostando. Ele participou de um episódio da série Carcereiros, da Globo, e também do filme Sequestro Relâmpago. "Respeito muito a profissão de ator, o talento das pessoas que estão nisso desde pequenas. Eu estou me descobrindo agora, quem sabe eu até tenha talento, mas estou exercitando isso agora. Se eu fui bem nesses trabalhos, me chamem", pede o músico, em tom bem-humorado, admtindo que tem vontade de conciliar as duas carreiras. Criado na periferia de São Paulo, o músico revela que só foi conhecer o teatro há dois anos, quando sua noiva, Tâmara Contro, o levou pela primeira vez para assistir a um espetáculo. "Sou apaixonado por teatro, filmes e séries. Mas só há dois anos conheci o teatro. Fui ao teatro pela primeira vez aos 30 anos. Não tinha essa vivência, perdi minha mãe muito cedo. Quando eu tinha sete anos ela sofreu um derrame, ficou de cama, e com nove, ela faleceu. Eu não tive essa oportunidade, vivia na periferia e mal saía da quebrada. Só fui conhecer o teatro com a Tâmara, e pirei. Agora vou pelo menos uma vez por mês assistir uma peça", conta.