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"Eu fui noiva aos 15 anos de um homem de 60", diz Núbia Ólliver

Por R7 01/06/2017 11h04
'Eu fui noiva aos 15 anos de um homem de 60', diz Núbia Ólliver
Reprodução - Foto: Assessoria

Núbia Ólliver, 43 anos, não é de meias palavras. É do tipo que fala o que quer, à hora que quer, e ái de quem tentar associar seu nome a prostituição: ela processa! Nos anos 1990, a jovem quarentona saboreou o gostinho da televisão: tornou-se atriz tendo participado de duas novelas, Tocaia Grande (1995), da extinta TV Manchete, e Dona Anja (1996), do SBT.

Na emissora de Silvio Santos, integrou o primeiro reality show da TV brasileira, participando da primeira edição de A Casa dos Artistas (2001), atração que a projetou imediatamente para o grande público. No Papo Reto desta semana, Núbia Ólliver abre intimidade e conta sobre a relação amorosa que teve aos 15 anos com um homem de quase 60. Ela relembra o tempo que tentou o suicídio bebendo veneno de rato, o drama da compulsão sexual e sua estreita relação com as drogas.

R7: São 23 anos de carreira, sempre fotografando nua. Quando você descobriu o sexo? Núbia Ólliver: Perdi a virgindade muito cedo, aos 13 anos. Naquela época nem sabia o que estava fazendo. Fazia por fazer. Eu realmente percebi o que era bom e gostoso aos 15, quando conheci e fiquei noiva de um homem de quase 60. Essa pessoa me fez gostar muito de sexo. R7: Para a sociedade, essa relação entre um adulto e uma adolescente é considerada pedofilia, não? Núbia Ólliver: Eu tenho muito tato em falar nessa coisa do politicamente correto. Eu gostei muito dessa pessoa e essa pessoa gostou muito de mim. Ele frequentou minha família, conheceu meu pai, foi uma coisa muito respeitosa. Lógico, se colocarmos isso no mundo de hoje, isso vai ser visto como pedofilia. Ao meu ver, isso não foi, porque fui tão respeitada, tão bem resolvida com ele, que não via má intenção ou qualquer tipo de abuso. R7: Essa relação durou muito tempo? Núbia Ólliver: Não, foi uma coisinha bem rápida, coisa de dois, três meses. Eu não era a pessoa que ele estava procurando, não dava para levar um relacionamento à sério, eu ainda tinha muita coisa que aprender. R7: Os releases que chegam para a imprensa dizem que você tem 43 anos. A enciclopédia virtual Wikipédia* afirma que você tem 47. Que idade você tem? Núbia Ólliver: Eu nasci no dia 24/11/1973. Tenho 43 anos, vou fazer 44 em novembro. “Percebi que estava doente, que estava fora do meu normal, quando tive quatro pessoas diferentes num único dia e voltei para casa querendo mais [sexo]” R7: Qual sua opinião sobre famosas que mentem a idade? Núbia Ólliver: Acredito que seja uma baixa autoestima, que são pessoas que não são bem resolvidas. R7: Você já foi considerada uma das mulheres mais desejadas do país. Declarou já ter tido mais de 400 homens em sua cama, e já na idade adulta, viveu o drama da compulsão por sexo. Gostaria de relembrar essa história? Núbia Ólliver: Isso tudo foi muito sofrido. Eu tinha 18 anos. O sexo você vai fazendo, vai fazendo e não vê o fim. Aquilo te deixa sem comer, te deixa com insônia, te deixa alegre, te deixa depressiva. R7: Depressiva? Núbia Ólliver: Sim, porque você faz, faz, faz e não fica satisfeita. Percebi que estava doente, que estava fora do meu normal, quando tive quatro pessoas diferentes num único dia e voltei para casa querendo mais. Minha recuperação se deu com a ajuda de um amigo, que me levou a um psiquiatra. R7: E nessa época você precisou pagar para ter sexo? Núbia Ólliver: Não. Mas também não acho que isso seja errado. Eu ainda não passei por essa experiência, até porque hoje ainda está chovendo muito na minha horta (risos). R7: Que tipo de sexo te satisfaz hoje? Núbia Ólliver: Já tive todo o tipo de sexo. O agressivo foi um deles. Hoje em dia estou mais calma, mais paciente. Se precisar ficar sem sexo por mais de um mês, eu fico. Hoje, eu quero qualidade. Antigamente, era quantidade. E outra, hoje a mulher consegue se satisfazer sozinha. R7: Você já recebeu muitos convites para fazer filmes adultos. Por que não partiu para esse mercado? Núbia Ólliver: Acho que não suportaria, não conseguiria fazer com que minha família visse isso. R7: Você falou em família. Como seus pais lidam com toda essa sua exposição sexual? Núbia Ólliver: No começo foi muito difícil, principalmente para o meu pai, que é fazendeiro, tradicional, nascido numa cidade interiorana. Na verdade, nós nunca sentamos para conversar sobre isso. Minha família sabe que existe a “Núbia produto” e a “Núbia mãe”. E que uma não tem nada a ver com a outra. A Núbia que fotografa não é Núbia que eles têm em casa. R7: Você é mãe de uma adolescente de 13 anos, a Anne. Como ela lida com isso? Núbia Ólliver: Ela não lida. Ela é uma pessoa que vive totalmente no mundo dela, em meio a blogs, redes sociais, maquiagens. Meus trabalhos ficam todos reunidos no meu escritório no qual ela tem acesso, claro, e, obviamente, se ela fizer uma pesquisa no Google ela vai ver. Mas acho que não interessa a ela. Ela está vivendo uma outra dimensão. R7: Você já declarou ter namorado uma atriz global durante um ano. Quem é essa pessoa? Núbia Ólliver: Isso eu não digo nem sob tortura (risos). Se essa pessoa tivesse assumido o lado bissexual dela, eu até me sentiria um pouco mais à vontade em dizer quem é. Acho que ela mesma nunca se aceitou. Me lembro que na época ela se recriminava muito por isso. Não posso expor uma pessoa que não está definida. Eu seria agressiva com ela. R7: É verdade que você já tentou o suicídio? Núbia Ólliver: Sim, foi quando meus pais descobriram que eu havia perdido a virgindade, aos 13 anos. Naquela época tinham aqueles castigos. Meu pai me tirou dos estudos e me trancou na fazenda. Eu não aceitei a conduta dele e acabei me revoltando porque gostava muito de estudar. Não sei bem se foi para chamar a atenção ou uma situação de desespero. Fui lá e tomei veneno de rato. Nem sabia que estava fazendo. Foi uma estupidez. “Quero mais que falem mal mesmo, porque vou processar, e esse processo vai ser minha loteria lá na frente” R7: Qual a sua relação com as drogas? Núbia Ólliver: Tive uma relação muito tardia com elas. Até 29 anos, eu não bebia. Com 32, conheci uma pessoa que fui completamente apaixonada, e ela era usuária de cocaína. Foi onde experimentei. Mas foram dois meses que se passaram para nunca mais. As outras drogas tipo ecstasy, por exemplo, não conheço e tenho muito medo de conhecer. R7: Como que você acha que as pessoas te veem? Núbia Ólliver: Como um objeto sexual, tanto o homem como a mulher. Nosso país ainda é muito preconceituoso, e nunca fiz com que isso deixasse me prender nas minhas vontades. Quero viver sem regras, quero viver do jeito que eu achar melhor. R7: E você pretende vender essa imagem de objeto sexual até quando? Núbia Ólliver: Até quando o mercado estiver comprando. R7: A sexualidade, muitas vezes, anda acompanhada da prostituição. De que maneira você lida com os boatos de que você faz parte do meio? Núbia Ólliver: Já tivemos modelos e atrizes conhecidas que tiveram em algum momento suas fotos publicadas em sites de prostituição. Eu nunca tive meu nome vinculado a isso. Se esse tipo de comentário viesse chegado até a mim, eu teria tomado as devidas providências. Quero mais que falem mal mesmo, porque vou processar, e esse processo vai ser minha loteria lá na frente. “Eu só não quero ter que pagar conta de homem nenhum. Acho que isso é um direito que eu tenho. Divisão de contas num jantar é muito brochante” R7: Você poderia contextualizar a seguinte frase já dita por você: “Homem pobre comigo não tem vez”. Núbia Ólliver: Não me sentiria bem se eu tivesse uma pessoa que não pudesse compartilhar certas coisas comigo. Que eu tivesse que pagar para essa pessoa ficar do meu lado. Se você tem o poder da escolha, quero escolher uma pessoa que possa me levar para jantar, me apresentar coisas boas. Não precisa me dar um carro por mês, mas quero um cara que pelo menos pague uma conta. Eu só não quero ter que pagar conta de homem nenhum. Acho que isso é um direito que eu tenho. Divisão de contas num jantar é muito brochante. R7: Em 2011, você entrou para o Guiness Book, o livro dos recordes, como a modelo brasileira que mais posou nua para revistas sensuais. Foram 16 capas. Ficou rica? Núbia Ólliver: Foram 16 ensaios só aqui no Brasil, sem contabilizar as publicações que fiz para no exterior, as folhinhas de borracharia e sessões de fotos para sites. Vim de uma família humilde, não pobre. Hoje tenho as minhas casas, minha própria fazenda, meu pé-de-meia construído, mas não estou rica. R7: Fora os ensaios sensuais, sua outra grande paixão é curtir a vida de fazendeira. É isso mesmo? Núbia Ólliver: Meus pais são fazendeiros, eu já venho de uma criação de fazendas desde muito pequena. Quando tive oportunidade de comprar um fardo de terra, eu logo me instalei ao lado dos meus pais. Com a aparição da Operação Carne Fraca, tivemos que dar uma parada com o gado e redirecionar nossos negócios para o plantio de batata e cebola. O agronegócio continua na nossa família e são eles que acabam administrando isso lá para mim. R7: Quantas cabeças de gado você tem? Núbia Ólliver: Sou uma fazendeira de pequeno porte. Não gosto de falar de números até por uma questão de segurança. O que mais tenho de valioso lá são as 18 nascentes de água, porque acho que quem tem água hoje no seu pedaço de terra é merecedor.