Educação

Sinpete e Cointer destacam importância da ciência para a sociedade

Conferência magna de abertura dos eventos debateu os desafios da educação científica em um mundo em crise

Por Ascom Ufal 17/10/2025 17h56 - Atualizado em 18/10/2025 02h06
Sinpete e Cointer destacam importância da ciência para a sociedade
Em debate, os desafios da educação científica em um mundo em crise - Foto: Renner Boldrino / Ascom Ufal

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) deu início, na noite da última quinta-feira (16), à 4ª edição da Semana de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete 2025) e ao 11º Congresso Internacional do Programa Despertando Vocações (Cointer-PDV).

Realizada na Arena Cultural do evento, a cerimônia de abertura reuniu autoridades, comunidade universitária e público em geral para uma programação marcada por reflexões sobre o papel da educação científica em um cenário global atravessado por crises climáticas, políticas, econômicas e éticas.

A solenidade incluiu a conferência magna, discursos de boas-vindas por parte das autoridades presentes e apresentações culturais, com um trio de cordas interpretando clássicos da música nacional e internacional e o espetáculo de dança Fragmentos de Nós.

Na ocasião, estiveram presentes o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, Erick Viana, do Instituto Despertando Vocações, Eunice Palmeira. do Ifal, Willamys Cristiano (Propep/Ufal), comandante Garcia, da Marinha do Brasil, Rosaline Mota (SBPC), Tânia Almeida (Semed), Edemerson Sales (Cointer), Jadiane Maciel e Vera Pontes (coordenação Sinpete).

“Estamos vivenciando a 4ª edição do Sinpete com alegria, orgulho e pertencimento. Neste evento, reafirmamos a força da educação científica como um caminho para uma sociedade melhor. Nesses dias, a Ufal abre literalmente suas portas para a sociedade e se torna um espaço de aprendizagem viva”, afirmou Jadiane Maciel.

“Então eu agradeço muito à gestão da Ufal, a todos os setores que estão fazendo esse evento acontecer, como a Prograd, a Propep, o Proinfra. À Ascom, que está aqui com a Rádio Ufal e com a cobertura e divulgação do evento e a todo mundo que acredita que a ciência pode mudar o mundo”, complementou.

A professora Rosaline Mota, do curso de Biblioteconomia e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação, esteve no evento representando a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e também é responsável pela Arena Kids do evento. A docente reafirmou o compromisso da entidade, da Universidade e do Sinpete com a educação científica como um instrumento de transformação social e propulsor da cidadania.

O reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, falou sobre a preparação para o evento e o impacto do Sinpete na vida dos jovens de Alagoas.

“Estamos em um estado que sempre foi estigmatizado pelos baixos índices da educação. Mas estamos mudando esse jogo. Nesses dias, vamos ver estudantes do ensino médio, da educação básica, apresentando trabalhos aqui, apresentando uma dedicação de um ano inteiro em pesquisas. Vamos ver jovens sentindo orgulho de fazer ciência, vamos ver pais que vão precisar assinar autorização para um depósito de patente de uma criação feita por um menor de idade”, afirmou.

“Eu sei o que foi a preparação para esse evento. Mas eu sei mais ainda dos resultados. Porque o que essa criança, esse adolescente, vai aprender aqui, não vai mudar apenas a vida dela. Vai impactar um irmão, a família toda, os coleguinhas”, complementou.

Desafios de um mundo em crise

A cerimônia de abertura foi finalizada com uma palestra magna, ministrada pelo professor José Dilson Cavalcanti, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A partir do tema Ciência, educação e humanidade: desafios de um mundo em crise, o professor debateu as dificuldades impostas pelo ritmo de vida moderno no ensino e na aplicação das ciências para uma vida mais plena.

“Dessa sociedade do cansaço, decorre uma crise cognitiva. Todos esses fatores, saturação informacional, crises geopolíticas, mudanças climáticas, decorrem de uma demoção do homem e das suas necessidades mais básicas em vista do progresso. E só podemos superar esses desafios a partir de um projeto humanizador da educação”, afirmou.

O docente concluiu sua palestra exaltando iniciativas como o Sinpete e o Cointer. “Quando convidamos os jovens e a sociedade a pensar, a viver o sistema educacional e a entender a importância da ciência, não como um fator para um progresso tecnológico, mas para o desenvolvimento pessoal e coletivo, é muito mais fácil construir uma sociedade mais ética, mais democrática e mais voltada para o coletivo”, finalizou.

Sinpete continua até a próxima quinta (23)

Com o tema Oceano, ciência e sociedade: educação para um mundo sustentável e inclusivo, o Sinpete abre as portas do Campus A. C. Simões para estudantes e professores da Educação Infantil ao Ensino Médio. As atividades acontecem até a próxima quinta-feira (23), com pausa apenas no domingo.

No sábado (18), a programação está repleta de atividades como oficinas de construção de carrinhos de corrida, de massas de modelar e argila e de Lego, além de ações culturais e concursos.

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