Educação

Assembleia decide pela suspensão da greve da Educação e define agenda de lutas

Plenária avaliou que a melhor estratégia nesse momento seria voltar à escola e dialogar

Por Assessoria / Sinteal 29/03/2017 13h46
Assembleia decide pela suspensão da greve da Educação e define agenda de lutas
Reprodução - Foto: Assessoria

“Suspendemos a greve, não suspendemos a luta!” disse a presidenta Consuelo Correia, ao final da assembleia. Trabalhadores da educação seguem mobilizados em defesa dos direitos e contra as reformas da previdência e trabalhista. Em assembleia realizada na terça-feira (28), na sede do Sinteal, a categoria decidiu suspender a Greve Geral em Alagoas, mas vai manter o estado de mobilização.

Após longo debate com avaliações, muitas preocupações com o quadro atual, em que as direções de escola estão sendo pressionadas pela Seduc e pela Semed para abrir a escola de forma precária, com ameaças de desconto no salário dos trabalhadores que aderiram ao movimento. A plenária avaliou que a melhor estratégia nesse momento seria voltar à escola e dialogar com alunos e alunas, mães e pais, e também com os colegas que não aderiram ao movimento. Desde a última assembleia, realizada no dia 21 de março, foram realizadas atividades diárias. Protesto na Semed e no Cepa, seminários no interior, audiência pública, etc.

“O momento é extremamente grave. O golpe de estado de 2016 está rapidamente destruindo a economia brasileira, provocando recessão e desemprego. A liberação total da terceirização recentemente aprovada pode destruir os concursos públicos e os direitos duramente conquistados como o Piso Nacional, Planos de Carreira e, inclusive as exigências de qualificação profissional para professores e funcionários de escola. O desmonte da Previdência Social é um crime contra todas as categorias de trabalhadores e a Reforma Trabalhista em andamento, um retrocesso de mais de um século. Se não reagirmos agora, o Congresso Nacional revogará a lei áurea. Portanto, vamos continuar mobilizando a base e nos organizando com os demais sindicatos, e Centrais sindicais, para construir a greve geral”, disse a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia.

Além das pautas nacionais, o Sinteal está lutando pelas bandeiras específicas da categoria, na realidade local. Em defesa da database (que o Estado e alguns municípios estão desrespeitando. Em 2016, a rede estadual teve 0% de reajuste), e da aplicação da lei do piso do magistério e implementação do percentual de reajuste em todos os níveis da carreira, e também para os funcionários de escola, que são educadores. Progressões pendentes também estão na pauta cobrada.

Seguindo com a agenda de mobilizações, já marcada a próxima atividade para sexta-feira, 31 de março. Um ato público no Centro de Maceió, concentração marcada para 08h30, na Praça Deodoro. A manifestação vai seguir em caminhada até o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para participar do ato contra a reforma trabalhista. E no dia 05 de abril, está marcada uma assembleia da rede municipal de Maceió, às 09h, na sede do Sinteal. Para encaminhar os próximos passos da campanha salarial.

Fim da lei da mordaça

Na oportunidade, Consuelo Correia comemorou a vitória no STF, em que uma liminar suspendeu a lei da mordaça por conta da Ação Direta de Inconstitucionalidade, de autoria dos advogados do Sinteal.

Moção de apoio

A plenária aprovou uma moção de apoio à mobilização das centrais sindicais, que estão unificadas organizando uma greve geral para o dia 28 de abril, em todo o país. Confira o conteúdo da nota:

“Considerando o papel fundamental que a CUT jogou no Dia Nacional de Paralisação de 15 de março, nos dirigimos à DN CUT para saudar e apoiar a convocatória da Greve Geral Nacional da Educação  para 28/4, tirada em reunião com outras centrais sindicais em 27/3, pela Retirada da PEC 287 de desmonte da Previdência, do PL 4787 que rasga a CLT para precarizar as relações de trabalho (negociando sobre o legislado, trabalhado a tempo parcial e trabalho temporário, expulsão dos sindicatos da organização dos trabalhadores nos locais de trabalho) e contra a terceirização. Desde já declaramos que os trabalhadores da Educação de Alagoas e seu sindicato representativo (SINTEAL) estão dispostos a desenvolver todos os esforços para o êxito da Greve Geral por nenhum direito a menos. Saudações Cutistas, Fora Temer!”