Economia

Ibovespa fecha em baixa em sessão esvaziada por feriado, mas tem leve ganho em abril

Volume financeiro somou 7,397 bilhões de reais, contra média diária de 10,4 bilhões de reais em abril

Por Reuters 30/04/2018 20h38
Ibovespa fecha em baixa em sessão esvaziada por feriado, mas tem leve ganho em abril
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta segunda-feira, seguindo o viés negativo em Wall Street, em sessão esvaziada na véspera de feriado no Brasil e com as ações de bancos e os papéis da companhia de alimentos BRF entre as maiores pressões de baixa. O Ibovespa caiu 0,38 por cento, a 86.115 pontos, tendo oscilado da mínima de 85.978 pontos à máxima de 86.739 pontos. O volume financeiro somou 7,397 bilhões de reais, contra uma média diária de 10,4 bilhões de reais em abril. No acumulado do mês, o índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 0,88 por cento. De acordo com o operador de renda variável de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado, o feriado na terça-feira reduziu o fluxo de negócios, dada a ausência de alguns agentes financeiros que emendaram o fim de semana e outros menos dispostos a aumentar exposição. Wall Street funcionará normalmente neste dia 1º de maio, quando a B3 estará fechada em razão do Dia do Trabalho. Nesta segunda-feira, as bolsas norte-americanas abriram em alta apoiadas no noticiário corporativo, mas reverteram os ganhos e fecharam em baixa, pressionadas pelas ações do setor de saúde, além de preocupações sobre o prazo final para exceções de tarifas de aço importado e alta do petróleo. DESTAQUES - BRF ON caiu 3,58 por cento, após ganhos de mais de 10 por cento em abril até a véspera, impulsionados particularmente por expectativas positivas acerca de mudanças no comando da gigante de alimentos. Analistas ainda veem um horizonte bastante difícil para a empresa. No setor, JBS recuou 2,23 por cento. - ULTRAPAR ON cedeu 2,47 por cento, também entre as maiores quedas do Ibovespa. Analistas do Santander esperam resultados fracos para o conglomerado, que é dono dos postos Ipiranga, entre outros negócios, estimando queda de cerca de 70 por cento do lucro líquido do primeiro trimestre ante igual período de 2017. O balanço está previsto para o dia 2 de maio. - ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,95 por cento, em sessão negativa para o setor de bancos do Ibovespa e antes da divulgação do resultado do primeiro trimestre do maior banco privado do país, na terça-feira. BRADESCO PN recuou 1,54 por cento, BANCO DO BRASIL perdeu 1,74 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT cedeu 0,29 por cento. - CIELO ON subiu 1,32 por cento, antes do resultado trimestral, previsto para o dia 2 de maio. Apesar da alta, o papel fechou abril com recuo de 7,2 por cento, com analistas prevendo números fracos. - NATURA ON fechou em baixa de 3,42 por cento, devolvendo os ganho da última sexta-feira. - RUMO ON fechou em alta de 3,41 por cento, acumulando em abril elevação de quase 13 por cento, em meio a expectativas favoráveis para o resultado do primeiro trimestre da operadora ferroviária, tendo como pano de fundo a volumosa safra de grãos no Brasil este ano e o ambiente favorável para os preços de frete no país. - PETROBRAS PN subiu 1,14 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,45 por cento, conforme o petróleo firmou-se em alta, tendo ainda no radar notícias como a de que a petrolífera está perto de decidir como será a próxima fase da venda da rede de gasodutos Transportadora Associada de Gás (TAG). - VALE ON subiu 0,66 por cento, apesar do recuo do preço do minério de ferro à vista. - BANCO INTER UNIT, que não está no Ibovespa, encerrou o pregão estável, a 74 reais, em estreia na B3, após o banco realizar oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na semana passada. Na máxima, os papéis avançaram mais de 16 por cento, a 86 reais. - ELETROPAULO ON, que também não está no Ibovespa, subiu 2,43 por cento nesta segunda-feira e fechou o mês com valorização de 91,3 por cento, uma das maiores altas da bolsa no mês, em meio a uma acirrada disputa pela maior distribuidora de energia do Brasil em termos de faturamento.