Economia
AL ocupa 1º lugar no ranking de contratações no setor químico-plástico
Somente cinco estados brasileiros não demitiram no segmento em 2016
Na contramão da crise que atravessa o país e retrai a economia brasileira, a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas (CPQP) segue crescendo. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, enquanto a maioria dos estados brasileiros fechou postos de trabalho na indústria transformadora de plástico, com cerca de 12 mil demissões no total nacional, Alagoas ocupa o primeiro lugar no ranking de contratações, com a criação de 142 novos postos de trabalho.
Além de Alagoas, somente Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco e Acre geraram novas vagas. Todos os outros estados brasileiros fecharam postos de trabalho – caso de São Paulo, que ocupa o último lugar no ranking, com 4 mil vagas a menos.
É o caso do Grupo Ultra Descartáveis, empresa fabricante de bobinas, embalagens, sacolas, copos, potes, pratos e outros utensílios, localizada no Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante, no Tabuleiro do Martins, que possui 725 funcionários e deve admitir mais 150 trabalhadores este ano.
“O Grupo Ultra conseguiu manter o ano de 2016 positivo e, para 2017, a expectativa é promover novos investimentos em máquinas, equipamentos, veículos para entrega, bem como o desenvolvimento de novos produtos”, disse o diretor do grupo, Wellington Veiga.
Incentivos arrojados
A Governança Corporativa da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico, composta pelo Governo de AL, Braskem, Sebrae/AL, Senai/AL, Algás, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA) e Sinplast/AL, é a responsável pelos números positivos em Alagoas, que ocupa a primeira posição em produção de PVC na América Latina, com fabricação de 450 mil toneladas por ano.
E não é só isso – tendo a Braskem como indústria âncora, a CPQP está preparada para dar suporte às indústrias de 2ª e 3ª geração, com disposição de matéria-prima, petroquímicos e produtos intermediários e finais. Para apoiar o setor, o Governo do Estado garante incentivos arrojados. O Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin) concede diferimento do ICMS sobre os bens destinados ao ativo fixo e sobre a matéria-prima utilizada na fabricação de produtos, além do diferimento do ICMS na aquisição interna de energia elétrica e gás natural.
“O Governo de AL atua dentro da CPQP, como um verdadeiro parceiro das empresas, e busca sempre prospectar novos empreendimentos, apresentando todas as vantagens fiscais e locacionais de se investir no Estado para que o segmento possa se expandir ainda mais, gerando emprego e renda para os alagoanos”, explicou o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Helder Lima.
Dados da Superintendência de Indústria e Comércio da Sedetur revelam que a CPQP possui atualmente em Alagoas cerca de 70 empresas, que, juntas, geram aproximadamente 3 mil empregos diretos, cenário que atesta a segurança no setor.
“A CPQP possui uma Governança Corporativa altamente estruturada. Nós trabalhamos em conjunto com o Governo do Estado, dando suporte institucional às empresas em Alagoas”, explicou o vice-presidente da Fiea, Wander Lobo.
O presidente do Sindicato das Indústrias do Plástico de Alagoas (Sinplast/AL), Gilvan Leite, prevê um 2017 de recuperação ainda lenta.
“Alagoas deve permanecer contratando, sem demitir, inclusive num ritmo melhor do que o do ano passado. O que realmente nos diferencia do resto do país é a consolidação da nossa cadeia, que reúne o Governo de Alagoas, Sinplast/AL e outras instituições em prol da estabilidade do segmento”, afirmou Leite.
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