Ciência e Tecnologia

Aplicativo que aceita pagamento de caronas com sexo é o novo boato da internet

Suposto aplicativo seria iniciativa de empresa da Holanda e cobraria assinatura mensal

Por Texto: Rubens Achilles com TechTudo 24/10/2019 15h31
Aplicativo que aceita pagamento de caronas com sexo é o novo boato da internet
Reprodução - Foto: Assessoria
Circula pela web um novo boato sobre um suposto app que aceita pagamento de caronas com sexo. A informação, divulgada por alguns sites desde a última terça-feira (22), pode ser considerada falsa por uma série de motivos, comuns a outros tipos de fake news disseminados na Internet. De acordo com as publicações, uma empresa da Holanda traria o aplicativo para o Brasil. De acordo com o Google Trends, ferramenta responsável pelo monitoramento de buscas na Internet, o termo "app carona sexo" teve um aumento de mais de 1.150% em sua procura nos últimos sete dias. O assunto também foi bastante comentado por usuários do Twitter. O aplicativo chegaria no início de 2020 ao país, e funcionaria por meio de uma assinatura mensal para passageiros e motoristas, que custaria entre R$ 15 e R$ 20. O programa seria aberto em relação às intenções dos usuários e forneceria opções de escolha de gênero antes da solicitação. Não há, no entanto, informações sobre o nome da empresa holandesa em questão e a notícia não foi veiculada por grandes sites. Como identificar fake news Segundo o Boatos.org, site especializado em checagem de notícias falsas, o suposto app que aceita pagamento de caronas com sexo possui algumas características que chamam a atenção. O fato de não haver informação sobre o nome da empresa responsável pelo app é curioso, já que ela deveria ter por objetivo faturar com o programa. Além disso, não há publicações com a notícia em outros idiomas. Por fim, o aplicativo estaria lucrando com relações sexuais de terceiros, o que poderia caracterizar rufianismo, prática proibida no Brasil. Outros métodos podem ser utilizados para identificar fake news. Informações sem fonte confiável devem ser questionadas — o suposto app não foi noticiado em nenhum grande veículo da mídia. A utilização de dados aleatórios para justificar uma informação, o tom alarmista ou conspiratório e o pedido de divulgação da informação também são características comuns a boatos e notícias falsas.