Ciência e Tecnologia

Práticas anticompetitivas não se limitam ao Android, diz rival do Google

DuckDuckGo, buscador com foco em privacidade, afirmou que casos se estenderiam ao Chrome e a compras de domínios

Por Olhar Digital 22/07/2018 16h34
Práticas anticompetitivas não se limitam ao Android, diz rival do Google
Reprodução - Foto: Assessoria
Em meio à polêmica da multa bilionária aplicada pela União Europeia, um competidor do Google resolveu colocar mais lenha na fogueira. O DuckDuckGo, um buscador com foco em privacidade, afirmou que as práticas anticompetitivas da rival não param no Android. Os casos, segundo a companhia, se estenderiam também ao Google Chrome e a compras de domínios. As acusações foram feitas em uma série de tuítes publicados pelo perfil do DuckDuckGo no Twitter após a condenação do Google na última quarta-feira, 18. “O comportamento anticompetitivo deles não está limitado ao Android. Toda as vezes que nós atualizamos nossa extensão do Chrome, todos os nossos usuários se deparam com um diálogo aparentemente oficial perguntando se eles desejariam reverter as configurações de buscas e desabilitar completamente a extensão”, afirmou. Além de possuir o maior sistema operacional móvel do mundo, o Google também é dono do navegador de PCs mais utilizado: o Chrome. A extensão do DuckDuckGo, supostamente atingida pelas caixas de diálogo, muda o buscador oficial do browser, bloqueia rastreadores de grandes sites ou redes sociais e classifica as páginas visitadas de acordo com o seu nível de privacidade. https://twitter.com/DuckDuckGo/status/1019565939317202944 As acusações do DuckDuckGo não param por aí. A empresa também afirma que o Google comprou o domínio “duck.com” em uma tentativa “consistente” para confundir os usuários do serviço. Ao acessar o endereço, o internauta é redirecionado diretamente para a página de pesquisas do Google. Na última quarta-feira, 18, o Google foi multado em mais de 4 bilhões de euros pela União Europeia por práticas anticompetitivas no Android. Os legisladores do bloco acusam a gigante de buscas de forçar a instalação de seus apps e serviços na plataforma. Em resposta, a companhia afirmou que pode passar a cobrar pelo sistema por causa da decisão.