Viajar para o exterior é o sonho de muitos brasileiros, mas a experiência pode se transformar em um desafio e até em risco quando há dificuldade de comunicação. Dados do módulo de turismo da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE mostram que foram realizadas no ano passado 668 mil viagens para fora do Brasil, um crescimento 11% maior do que em 2023. O domínio do inglês, considerado o idioma universal, tem se mostrado um fator decisivo não apenas para o lazer e os negócios, mas principalmente para a segurança de quem cruza fronteiras.

Conforme o panorama global, hoje cerca de 1,5 bilhão de pessoas falam inglês e a maioria como segunda língua. O EF English Proficiency Index classifica a proficiência em cinco níveis, o topo é dominado por países que têm exposição constante ao inglês e o ensinam desde cedo, mas o Brasil aparece em 81º lugar entre 116 países, com nível considerado “baixo”. Dados apontam que apenas 5% dos brasileiros falam inglês, e apenas 1% tem fluência de fato.

Em situações de emergência, como atendimentos médicos, perdas de documentos, problemas com voos, hospedagens ou abordagens oficiais, saber se comunicar com clareza pode evitar constrangimentos, prejuízos financeiros e até situações de vulnerabilidade.

Além disso, o inglês é essencial para compreender avisos de segurança, contratos, seguros-viagem, protocolos de emergência e orientações em aeroportos e hotéis. Em países onde o português não é falado, depender exclusivamente de aplicativos de tradução pode gerar falhas de interpretação, especialmente em situações de pressão.

Outro ponto relevante é o aumento das viagens internacionais após a retomada do turismo global. Com mais brasileiros explorando destinos fora do país, cresce também a importância da preparação linguística como item essencial do planejamento de viagem, ao lado do passaporte, seguro e hospedagem.