Cidades

Em um ano, 157 mil alagoanos deixam a pobreza

Por Assessoria IBGE 04/12/2025 13h53
Em um ano, 157 mil alagoanos deixam a pobreza
Os dados integram o capítulo “Padrão de Vida e Distribuição de Rendimentos” da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo IBGE - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Alagoas tinha, no ano passado, 40,9% de sua população em situação de pobreza – quando o rendimento domiciliar per capita é inferior a US$ 6,85 PPC por dia (R$ 694 por mês), segundo parâmetros do Banco Mundial.Esse percentual recuou 4,9 pontos percentuais em relação a 2023 (45,8%), o que significa que aproximadamente 157 mil alagoanos deixaram a condição de pobreza no período. 

Os dados integram o capítulo “Padrão de Vida e Distribuição de Rendimentos” da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo IBGE.O indicador segue em trajetória de melhora no estado desde 2022, após ter alcançado um dos níveis mais elevados em 2021 (60,3%), durante a pandemia de Covid-19.A extrema pobreza também apresentou queda significativa em Alagoas. A parcela da população com rendimento inferior a US$ 2,15 PPC por dia (R$ 218 por mês) reduziu de 8,7% em 2023 para 6,8% em 2024, o que representa aproximadamente 61 mil pessoas que deixaram essa condição.

Programas sociais evitam triplicar a extrema pobreza em Alagoas

A pesquisa mostra que, sem os benefícios dos programas sociais, a situação do estado seria drasticamente pior. Em 2024, a taxa de extrema pobreza em Alagoas teria sido 13,4 pontos percentuais maior, passando de 6,8% para 20,2%. A proporção de pobres também subiria expressivamente: de 40,9% para 48,4% da população.

No cenário nacional, a manutenção dos valores do Bolsa Família acima dos níveis pré-pandemia foi determinante para a queda simultânea da pobreza e extrema pobreza. Além disso, o dinamismo do mercado de trabalho fortaleceu a tendência de redução, especialmente entre os pobres, cujo rendimento está mais diretamente ligado à renda do trabalho. Já no caso dos extremamente pobres, o impacto dos benefícios sociais é mais expressivo.

Nordeste tem maior redução de pobreza entre as regiões

Entre as grandes regiões do país, o Nordeste apresentou a maior queda anual na proporção de pobres segundo a linha de US$ 6,85 por dia: de 47,2% em 2023 para 39,4% em 2024 – um recuo de 7,8 pontos percentuais. No outro extremo, o Sul registrou em 2024 a menor proporção de pobres: 11,2%.No Brasil, a tendência também foi de melhoria. A população em situação de pobreza recuou de 27,3% para 23,1% entre 2023 e 2024, o que representa 8,6 milhões de pessoas a menos. Assim como em Alagoas, é o terceiro ano seguido de queda após o pico de 36,8% em 2021. Já a extrema pobreza passou de 4,4% para 3,5%, uma redução de 1,9 milhão de pessoas.

Sobre a pesquisa

A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2025 reúne informações sobre as condições de vida da população brasileira, estruturadas em três eixos complementares: Estrutura econômica e mercado de trabalho; Padrão de vida e distribuição de rendimentos; e Educação.

A edição também aborda temas específicos, como grupos ocupacionais, características das pessoas idosas no mercado de trabalho e o estudo sobre trabalhadores pobres, conhecidos como working poor.