Cidades
Projeto "Brasil Paraíso Restaurável - Naturalistas do Século XXI" une divulgação científica e ciência cidadã em rota para a COP-30
Iniciativa percorrerá biomas do Brasil para diagnosticar biodiversidade, divulgar ações de conservação e levar resultados para debate no maior evento ambiental do planeta, em Belém
Uma expedição científica e cultural percorrerá, por terra e mar, alguns dos mais importantes biomas brasileiros entre outubro e novembro de 2025. Esta é a espinha dorsal do projeto "Brasil Paraíso Restaurável - Naturalistas do Século XXI", uma iniciativa que integra ciência cidadã, conservação da biodiversidade e restauração ecológica e biocultural em um esforço para mapear, conservar e recuperar paisagens naturais de importância maior ao país. O destino da viagem é Belém (PA), onde os resultados desta expedição e projetos nos biomas da Mata Atlântica, Sistema Costeiro- Marinho e Pantanal serão apresentados durante a COP-30, a Conferência das partes da ONU sobre Mudanças Climáticas.
A expedição por terra iniciou-se no último domingo (19/10) na Serra da Mantiqueira utilizando veículos Toyota 4x4 e percorrerá aproximadamente 5 mil quilômetros, passando pelos biomas da mata atlântica, caatinga e Amazônia. A Expedição passará por Maceió/AL entre os dias 25 e 26 de outubro, de onde, após visitar a APA Costa dos Corais, segue com destino a Natal para se integrar com o restante da equipe de pesquisadores, gestores e executivos que participará do trecho por mar.
A expedição por mar será realizada a bordo do veleiro histórico de bandeira holandesa Morgenster. Com saída programada para o dia 27/10 de Natal/RN, o veleiro navegará até a Reserva Biológica do Atol das Rocas e de lá seguirá até São Luís/MA; em seguida a expedição adentrará na Ilha do Marajó até aportar em Belém. Durante o percurso serão coletados dados científicos e realizados colóquios sobre temas relacionados à biodiversidade, unidades de conservação, povos e comunidades tradicionais e ações efetivas para manutenção do clima. Serão realizadas também navegações com estudantes de escolas azuis, denominados jovens naturalistas, e comunidade, em uma ação visando a disseminação da Cultura Oceânica, do Currículo Azul e da Década dos Oceanos.
O fotógrafo Luciano Candisani, um dos principais nomes da fotografia contemporânea, embarca como convidado para documentar a expedição. Ele fará o mesmo papel dos artistas que acompanharam os grandes naturalistas em suas viagens pelo Brasil entre os séculos XVII e XIX. “A interpretação visual da natureza fornece subsídios para a ciência e consegue conectar grandes audiências com ideias importantes por trás de números e medições”, destaca Candisani.
Organizado pela Parceria Fundação Energia e Saneamento, Toyota, T-Drive e Projeto Águas da Mantiqueira da Fundação Toyota do Brasil, o projeto tem como inspiração o legado dos naturalistas históricos e o resultado de suas pesquisas para duas ações: nas áreas amostradas no Projeto onde a diversidade biológica do passado estiver presente, busca-se as diretrizes de proteção. Entretanto, se a biodiversidade encontrada pelos naturalistas estiver ausente, organiza-se diretrizes de restauração ecológica. As metodologias dos inventários de biodiversidade utilizadas deste o século 19 se integrarão também a tecnologia do século 21 com avaliações de ar, terra e água em diagnósticos de DNA Ambiental. "O projeto propõe uma integração inédita entre gestão territorial, ciência cidadã e comunicação ambiental. Queremos diagnosticar a saúde dos ecossistemas, registrar o conhecimento tradicional das comunidades e, ao mesmo tempo, implementar ações concretas de restauração", explica o Coordenador do Projeto José Roberto Manna.
Um dos naturalistas que irá compor a equipe é o Analista Ambiental do ICMBio Iran Normande. Normande é doutor em conservação da biodiversidade tropical e auxiliou na idealização e organização da expedição. “A expedição à bordo de um veleiro como o Morgenster é ótima oportunidade de atrair para, além de coletar valiosas informações sobre os ecossistemas que iremos visitar, chamar a atenção da sociedade para a grave crise climática e de biodiversidade que enfrentamos”.
Um dos eixos estratégicos do projeto é a experiência consolidada da Restauração Ecológica e Biocultural da Serra da Mantiqueira, parte do bioma da Mata Atlântica e essencial à segurança hídrica do Sudeste. Conduz-se a restauração por meio de Parcerias de Patrocínio ESG em parcelas de 1 hectare para restauração de florestas e campos naturais. Esta atividade desenvolve-se a longo de 2026.
O projeto conta com a parceria das Universidades Federais do Pará/UFPA, de Alagoas/UFAL, de São Paulo/UNIFESP – Projeto Maré de Ciência e do Rio de Janeiro, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodivesidade - ICMBio, Secretaria Municipal de Educação de Barcarena/PA, da Fundação Energia e Saneamento, Toyota, T-Drive, Projeto Águas da Mantiqueira - Fundação Toyota do Brasil, e do Instituto Biota de Conservação. As empresas NR Acampamentos, Vibra Energia, Orla Rio & Orla Brasil e Orizon são parceiras estratégicas do projeto através de seus Programas ESG.
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