O Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL) atendeu, nos nove primeiros meses deste ano, a 389 ocorrências de fogo em vegetação. A maioria das ocorrências foi registrada em Maceió e nos municípios da Região Metropolitana.

Essa quantidade tende a aumentar, uma vez que, de acordo com a corporação, os incêndios na vegetação são registrados com maior frequência entre os meses de outubro e março, mais precisamente no final de outubro.

As estatísticas do Corpo de Bombeiros mostram ainda que, durante todo o ano passado, Alagoas registrou 1.074 ocorrências de incêndio em vegetação.

Conforme o Corpo de Bombeiros, as queimadas são causadas, em grande parte, por ações humanas, muitas vezes por descuido ou falta de informação.

Entre as principais causas, estão o uso do fogo para limpeza de terrenos, prática comum, mas extremamente perigosa, principalmente em períodos de seca, quando a vegetação está mais suscetível ao fogo.

O ideal é, explicou a corporação, utilizar métodos alternativos de limpeza, evitando totalmente o uso de fogo.

“O descarte irregular de lixo, especialmente de materiais como latas e garrafas de vidro, pode concentrar os raios solares e gerar focos de incêndio. O correto é sempre descartar o lixo em locais apropriados e evitar deixar qualquer resíduo no meio ambiente”, destacou o Corpo de Bombeiros.

Ainda segundo os militares, fogueiras mal apagadas ou mal controladas também representam um grande risco. “Ao fazer uma fogueira, é fundamental se certificar de que o fogo está totalmente contido, em local seguro e, ao final, garantir que as chamas foram apagadas por completo, sem deixar brasas que possam reacender. Manter uma distância segura entre a fogueira ou o fogo controlado e a vegetação ao redor, para evitar que o fogo se espalhe”.

O Corpo de Bombeiros também explicou que não pode utilizar fogo para limpar terrenos, pois essa prática pode facilmente sair do controle e provocar incêndios de grandes proporções.

A população também pode ajudar ao não queimar lixo ou restos de poda em dias de vento, já que o vento pode carregar faíscas para áreas próximas e iniciar um incêndio.

Evitar o uso de equipamentos que possam produzir faíscas, como motosserras, em áreas de vegetação seca, especialmente em períodos críticos (dias secos de sol intenso e/ou com vento) também é uma ação preventiva.

E, por fim, informar imediatamente os bombeiros caso perceba fumaça ou fogo, mesmo que pequeno, para que o incêndio seja combatido rapidamente.