Cidades

Maceió desconhece suas áreas invadidas

Ocupações irregulares ocorrem no Centro, em praças públicas, áreas verdes, mangues e em bairros mais distantes da capital

Por Tribuna Independente 06/10/2023 07h56
Maceió desconhece suas áreas invadidas
Prolongamento da Rua do Comércio, no Centro de Maceió, foi transformado em um grande camelódromo - Foto: Edilson Omena

Não existe um número exato de ocupações irregulares de áreas públicas em Maceió, segundo a Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (SEMSC).

A Secretaria alega que os locais de invasão são históricos, problemas da formação de Maceió, que incluem o êxodo rural e o crescimento desordenado da cidade.

E a pasta garante que levantamentos sobre as áreas públicas invadidas têm sido realizados, juntamente com uma comissão designada pela Prefeitura de Maceió, com o objetivo de estudar os espaços públicos possíveis para ocupação.

Em alguns pontos da cidade, no entanto, é visível a forma desordenada da ocupação. Um deles é o prolongamento da Rua do Comércio, que foi bloqueado com o aval do município e hoje se transformou em um grande camelódromo. E a capital perdeu uma opção de tráfego de veículos, numa já caótica situação.

No entorno do mercado público, no bairro da Levada, algumas ruas também estão bloqueadas por barracas e o trânsito não flui normalmente.

A chamada Praça do Pirulito foi tomada por bares improvisados, sem que as autoridades municipais tomem alguma providência.

Em bairros mais distantes do Centro, como no Benedito Bentes, Cidade Universitária as invasões ocorrem rotineiramente.
Áreas verdes também sofrem com as invasões causando desequilíbrio ambiental, geração de resíduos, aterramento e proliferação de agentes causadores de doenças.

As irregularidades ocorrem em com maior frequência em áreas de mangue, encostas e em condomínios.

A incidência é cada vez maior de ocupações ilegais em diversos bairros da capital, além do Litoral Norte, mais precisamente no povoado Pescaria, em Ipioca. Nesta região, algumas pessoas estão aterrando área de mangue, vendendo terrenos e construindo casas.

O Litoral Norte tem grande incidência de ocupação irregular. Muitas vezes, chega a ser imperceptível o crime ambiental, uma vez que os infratores praticam as ações danosas na mata densa, e não, às margens da rodovia, o que pode parecer normal para quem passa pela região, já que não enxerga nenhuma ilegalidade.

Conforme pode ser observado o mangue está no local, mas numa observação mais cuidadosa pode-se ver devastação.

O aumento populacional é outro fator para a ocorrência do crime contra o meio ambiente e as ocupações irregulares.

A SEMSC reforça que as fiscalizações são realizadas regularmente, em toda a cidade, para que garantir que os espaços públicos sejam utilizados para os fins corretos. Um dos locais é a rua do Comércio, no Centro de Maceió, onde ambulantes ocupam a via pública de forma regular e, semanalmente, os fiscais fazem o ordenamento.

E a população pode ajudar denunciando atos de invasão de espaços públicos através da Ouvidoria da SEMSC pelo telefone (82) 3312-5289. Segundo a pasta, o denunciante não precisa se identificar.

A Secretaria considera ser muito importante a participação da população para que a fiscalização seja realizada com maior eficácia.