Cidades
AL: aumenta número de medidas protetivas concedidas pela Justiça
Segundo dados do TJ/AL, crescimento este ano foi de 30,2%; Patrulha Maria da Penha também registra alta de assistidas

O número de medidas protetivas concedidas para mulheres vítimas de violência doméstica aumentou em Alagoas. Segundo dados do Tribunal de Justiça (TJ/AL), no primeiro semestre deste ano, foram concedidas 921 medidas protetivas. No mesmo período do ano passado, foram 707 medidas concedidas. Um aumento de 30,2%.
O programa Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar de Alagoas, também registrou aumento nos encaminhamentos das assistidas pelo Juizado de Violência Doméstica Contra a Mulher. De acordo com dados do programa, nos sete primeiros meses deste ano, houve um aumento de 48%. Ao todo, 2.152 vítimas já foram beneficiadas, sendo que 488 seguem ativas.
Para a secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, a violência contra a mulher ainda é uma epidemia a ser erradicada em Alagoas e em todo o país. “O aumento de casos registrados que vem acontecendo demonstra o encorajamento das mulheres vítimas de violência a realizar denúncias. Consequentemente, isso também eleva o número de realizações de medidas protetivas”, afirmou.
Segundo Silva, os órgãos do Estado e dos municípios estão se fortalecendo a cada dia para sobrepujar essa realidade, através do trabalho de articulação intersetorial. “Nós já temos exemplos desse trabalho, como a implantação das Salas Lilás em Maceió e no interior, recém-inaugurada no dia 14 de agosto na capital, no Terminal Rodoviário, além de uma maior estruturação e capilaridade da Rede de Atenção às Violências”, disse.
A secretária destaca ainda a importância da existência de uma rede de enfrentamento forte e bem articulada, com cada ator tendo sua finalidade bem definida, no combate à violência contra a mulher.
“Também é necessário levar a informação sobre os tipos de violência, uma vez que, identificada, a mulher pode procurar ajuda e, assim, evitar um feminicídio, além de realizar a denúncia para, nos casos que necessitam de fato, ter à disposição a medida protetiva. Vale salientar que nenhuma mulher acompanhada pela Patrulha Maria da Penha foi vítima de feminicídio, isso comprova a importância da denúncia e do funcionamento da rede proteção à mulher”, ressaltou Maria Silva.
A tenente-coronel Márcia Danielli Assunção, coordenadora da Patrulha Maria da Penha em Alagoas, reforça que todas as mulheres acompanhadas pelo programa têm um atendimento célere e qualificado. “Elas não ligam mais para o 190, passam a ligar para o telefone funcional da Patrulha e a guarnição que estiver de serviço, independentemente de ser aquela guarnição que acompanha semanalmente, vai dar o suporte. Nós já temos a Patrulha em Maceió, Arapiraca, Delmiro Gouveia, Penedo e, recentemente, Marechal Deodoro. E as guardas municipais de vários municípios de Alagoas já foram capacitadas para ajudar no combate à violência contra a mulher”, afirmou.
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