Cidades
Casos de Chikungunya crescem mais de 3.500% em Maceió
Bairros do Centro, Chã da Jaqueira e Pajuçara têm maior incidência; infecções de dengue e zika também aumentaram na capital

O número de casos de chikungunya em Maceió aumentou 3.567,52%, em comparação com o ano anterior, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Entre 1º de janeiro e 2 de dezembro deste ano, foram 5.758 casos confirmados da doença. No mesmo período do ano passado, foram 157 notificações.
Os bairros da capital alagoana com maior incidência de chikungunya, de acordo com a gestão municipal, são: Centro (3.171,85 casos /100mil hab), Chã de Jaqueira (1621,19 casos /100mil hab) e Pajuçara (1.025,88 casos /100mil hab).
As outras arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti também tiveram um aumento significativo neste ano. Foram 13.661 casos confirmados de dengue até o dia 2 de dezembro, em Maceió. Já no mesmo período de 2021, foram notificados 3.720, correspondendo a um aumento na ordem de 267,23%, em 2022.
Os bairros que apresentam os índices mais elevados da doença na capital alagoana são: Chã de Jaqueira (7114,89 casos /100mil hab), Centro (4671,28 casos /100mil hab) e Santo Amaro (3013,83 casos /100mil hab).
Em relação à zika, a cidade apresentou um aumento de 52,94% no número de casos confirmados. Neste ano, foram 104 casos confirmados. No mesmo período do ano anterior, foram notificados 68 casos da doença.
Para a médica infectologista Vânia Pires, os números servem de alerta às autoridades sanitárias e à população, tendo em vista que o período de sazonalidade das arboviroses urbanas se iniciou em novembro e perdura até meados de maio.
“Tivemos um aumento extraordinário, nesse período de 2022, em relação aos anos anteriores e é importante observar que, entre os meses de novembro e maio, temos altas temperaturas e chuvas. Isso aumenta o número de criadouros e acelera a evolução do mosquito”, afirmou.
Ainda de acordo com Pires, no ano anterior, muitos casos de arboviroses podem ter sido confundidos com outras doenças, como a Covid-19.
“Toda estrutura de saúde estava dirigida para fazer diagnóstico de Covid, houve a preocupação por outras doenças que estavam circulando, que apresentam sintomas como febre e dor no corpo, claro que associados a síndromes gripais. Então, é provável que tenha ocorrido confusão. Mas, independente de qualquer confusão de diagnóstico, houve aumento no número de casos dessas doenças”, explicou.
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