Cidades

Médico condenado por estupro é reintegrado no quadro de professores da Ufal

Ele estava afastado desde 2019, quando foi preso e condenado por crime cometidos entre 2014 e 2019.

Por Tribuna Hoje 30/08/2022 17h21
Médico condenado por estupro é reintegrado no quadro de professores da Ufal
Médico preso em Passo de Camaragibe em 2019 foi acusado em dois processos de abuso sexual; ele conseguiu direito de responder processo em liberdade - Foto: Reprodução/TV Gazeta

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) reintegrou ao quadro de professores o médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa. O funcionário estava afastado das funções há 3 anos, desde 2019, quando foi preso por abusar de pacientes atendidas por ele em Passo do Camaragibe, no Litoral Norte de Alagoas. O médico foi condenado meses depois pela Justiça.

A reintegração do médico no quadro de professores foi revelada pela Mídia Caeté, veículo de jornalismo independente, e confirmada pela assessoria de comunicação da Ufal, que atende a um processo judicial. O médico ainda responde por processo administrativo na Universidade que apura denúncia de que ele havia abusado de uma adolescente durante uma consulta no Hospital Universitário.

Segundo a Universidade, ao fim da investigação administrativa, que ocorre em sigilo, Adriano Antônio da Silva Pedrosa poder ser punido com advertência, suspensão ou demissão.

Em defesa do médico, o advogado Leonardo Moraes se limitou a informar que o cliente responde pelo processo criminal em liberdade e não pode divulgar detalhes sobre o caso pelo qual ele foi condenado ou sobre o processo administrativo que o médico é investigado na Ufal.

Os crimes pelos quais o médico foi condenado aconteceram em 2014, 2018 e 2019, respectivamente, em um posto de saúde em Marceneiro, povoado de Passo do Camaragibe, onde o mesmo trabalhava. Adriano foi denunciado pelo Ministério Público em 2015 e em 2019 pelo abuso de, pelo menos, três pacientes.

O promotor Ary Lages comentou os crimes na época das condenações. “O crime praticado por ele tinha sempre o mesmo modo de agir: a vítima era despida dentro da unidade de saúde, mesmo não tendo procurado socorro para reclamar de quaisquer problemas ginecológicos e, após vestir uma luva em suas mãos, o médico molestava as pacientes sob o pretexto de investigar se elas estavam ou não com alguma doença nos órgãos genitais. Na verdade, essa era apenas uma desculpa usada por ele para praticar o abuso”.

*com informações de G1 AL