Cidades

Defensoria Pública quer laudo sobre riscos de afundamento do solo nos flexais

Por Tribuna Hoje com assessoria 23/07/2022 12h53
Defensoria Pública quer laudo sobre riscos de afundamento do solo nos flexais
Em ilhamento socioeconômico, comunidade do Flexal quer realocação - Foto: Edilson Omena

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL) enviou ofício nesta quinta-feira (21) ao Serviço Geológico do Brasil (CPRM) cobrando que o órgão apresente, no prazo de 48h, informações sobre a segurança das famílias que continuam morando no Flexal de Baixo, Flexal de Cima e demais localidades ainda não desocupadas no bairro de Bebedouro, em Maceió.

No documento, a DPE-AL pede que o órgão faça uma perícia e uma vistoria técnica na região no prazo de cinco dias e elabore um laudo apontando se existe afundamento na área e se os imóveis podem sofrer danos estruturais.

Mais de 14 mil imóveis foram condenados em cinco bairros de Maceió: Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol. A extração de sal-gema durante décadas foi apontada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) como a causa do problema. Com isso, os moradores dessas áreas foram realocados, mas parte de Bebedouro foi classificada apenas como área de monitoramento.

Fora do mapa de desocupação, não é possível fazer parte do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, criado pela Braskem para assistir as famílias que foram obrigadas a deixar suas moradias.

Contudo, um levantamento realizado pela Defesa Civil de Maceió constatou que os moradores dos Flexais e de parte da Rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro, estão sofrendo um "ilhamento socioeconônico", devido à falta de serviços públicos, já que 40% dos equipamentos que atendem às regiões foram realocados e os demais seguem sendo desativados.

Na avaliação dos técnicos que realizam o levantamento, o ilhamento é mais grave que o isolamento, o que justifica a inclusão das comunidades no programa de compensação.