Cidades
Maceioenses reclamam de calor intenso a 13 dias da chegada oficial do verão
Sensação térmica já sinaliza a chegada do verão, que, segundo metereologista, será mais ameno do que o anterior
Ainda faltam 13 dias para a chegada oficial do Verão, mas os maceioenses reclamam que a sensação térmica ultrapassa os 40 graus em alguns bairros da capital. No Centro da cidade, onde não há brisa, são várias as alternativas encontradas para driblar a quentura.
A reportagem encontrou consumidores com garrafinhas de água, sorvete, milk-shake, boné, sombrinha, e é claro a proteção solar. Bianca Nascimento foi nesta terça-feira exclusivamente para o comércio na intenção de comprar dois ventiladores, e conseguiu. “O calor está muito grande, e não é somente pelo dia não, as noites têm sido bem quentes. Muitas vezes tenho que levantar para tomar banho ou molhar o pescoço, e nem adianta dormir descoberta. Estávamos precisando comprar ventiladores urgentemente, e por isso resolvemos levar logo dois”, contou.
Apesar da sensação térmica nas alturas, o metereologista Emanuel Teixeira diz que o próximo Verão será mais ameno do que o anterior.
A ambulante Maria Cícera Conceição comemora as vendas de copinhos e garrafas de água mineral. Ela disse que costuma vender 20 delas por dia, e que o movimento melhorou nas últimas semanas, ela disse ainda, que agora passou a dobrar as vendas e que pensa que deva crescer ainda mais a procura, principalmente com a abertura do comércio aos domingos.
A temperatura super alta também fez Luzineide Oliveira não dispensar uma bebida gelada. Ela pontuou que o verão nem chegou, e mesmo na primavera, o nordestino já sente os reflexos da proximidade do sol na região. “O Nordeste sofre mais um pouco com a chegada do verão que neste caso ainda começou, por isso que devemos investir em muito liquido para não desidratar, além dos cuidados com a pele, principalmente do rosto. Sempre coloco protetor solar e reaplico quando percebo que o suor já o tirou”, mencionou.
Iza Maria Oliveira do mesmo modo não dispensou a água e disse que como foi ao comércio para escolher roupas para as festas de final de ano, sabia que iria demorar e que o corpo ia sentir e cobrar a reposição de líquido. “Não sou muito fã de água, mas neste calor tem que se prevenir e tomar muito líquido seja lá qual for”, destacou.
Dona Maria Creuza Rosário que é da cidade de Junqueiro, região do agreste de Alagoas, observou que o clima por lá não estava muito diferente de Maceió não. Ela disse que embora seja uma região mais seca e consequentemente mais quente, a capital está ‘fervendo’. “E olhe que já estou acostumada que a temperatura elevada viu, mas aqui em Maceió a sensação térmica é de mais de 40 graus”, opinou.
“Final da estação é de altas temperaturas”
O meteorologista Emanuel Teixeira lembrou que na região Nordeste é comum ser mais quente e não haver diferenciação entre Primavera e Verão.
“A Primavera é uma estação de transição, tem característica inicial do inverno para depois no final adquirir características do Verão até chegar à propriamente dita estação. Para nós, a Primavera é sim uma estação quente, de altas temperaturas, que devem se manter dentro da previsão meteorológica em Alagoas com a chegada do Verão, agora no dia 21”, frisou.
A temperatura atualmente esta variando com máxima de 32 graus na faixa litorânea e Zona da Mata, no agreste 34° e no Sertão entre 35 e 36°. Segundo o meteorologista, a temperatura do corpo irá variar conforme o local em que a pessoa esteja; ele exemplificou, no caso dos bairros da parte alta onde o clima é mais ameno e na praia também devido a brisa.
“O verão do ano passado foi mais quente devido ao fenômeno El Niño (esquenta), no entanto não deve diferenciar tanto de 2015, porém uma das características são as chuvas rápidas, pancadas isoladas que não trás prejuízo para o Estado. O clima é mais seco e a umidade relativa do ar diminui bastante, o que agrava, sobretudo, o sertanejo. As chuvas podem ocorrer mais não resolvem muita coisa”, ressaltou.
Emanuel Teixeira finalizou reforçando com uma boa notícia colocando que as temperaturas do Oceano Pacífico estão esfriando o que garante a sua neutralidade. E concluiu comunicando que há uma possibilidade de acontecer o fenômeno La Niña (resfriamento), o que poderá favorecer as chuvas. “Há uma expectativa de que de abril a junho de 2017, se chova dentro da normalidade diante do La Niña”.
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