Brasil

Operação apreende quase R$ 2 milhões em dinheiro na casa da delegada Adriana Belém

Quantia em espécie foi encontrada na casa da delegada em um condomínio de luxo na Barra, dentro de sacos de grifes famosas e mala. Delegado Marcos Cipriano é alvo da ação e foi preso nesta manhã.

Por G1 10/05/2022 11h24
Operação apreende quase R$ 2 milhões em dinheiro na casa da delegada Adriana Belém
Adriana Belém deu recentemente um Jeep zero para o filho - Foto: Reprodução

Agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apreenderam quase R$ 2 milhões em dinheiro na casa da delegada Adriana Belém, em um condomínio de luxo na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, durante a Operação Calígula, deflagrada na manhã desta terça-feira (10).

Os agentes encontraram R$ 1,2 milhão em sacos de grifes famosas e pouco mais de R$ 500 mil em uma mala. Adriana não foi presa, mas deve ser levada para a Corregedoria da Polícia Civil para explicar a origem do dinheiro apreendido.

Recentemente, a delegada presenteou o filho com um Jeep Compass zero, quando ele completou 18 anos, e postou foto em sua rede social dizendo que o veículo é blindado. Além de Belém, também é alvo da ação o delegado Marcos Cipriano, que foi preso no começo desta manhã.

A operação mira uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e acobertada por policiais civis.

Ao todo, os agentes tentam cumprir 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão. Foram denunciadas 30 pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em nota, a Polícia Civil disse que ambos os delegados alvos da operação não têm cargos na polícia atualmente. Adriana Belém está afastada de licença e Cipriano trabalhando em outra instituição.

Até a manhã desta terça, Belém estava lotada na Secretaria Municipal de Esportes, mas a prefeitura do Rio informou que ela será exonerada no cargo após a deflagração da Operação Calígula.

A Corregedoria de Polícia Civil informou que solicitará acesso às investigações para dar andamento aos processos administrativos necessários.

O g1 tenta contato com os citados.