Economia

Gasolina varia entre R$ 4,12 e R$ 4,28 na capital alagoana

Preços são cobrados após mais um aumento; mesmo assim, álcool não compensa

Por Lucas França com Tribuna Independente 10/11/2017 09h04
Gasolina varia entre R$ 4,12 e R$ 4,28 na capital alagoana
Reprodução - Foto: Assessoria

A Petrobras autorizou na última segunda-feira (6) alta de 2,3% para a gasolina e aumento de 1,9% para o diesel nas suas refinarias. O aumento começou a valer já na terça-feira (7). A equipe de reportagem da Tribuna Independente percorreu ontem (9) a Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol e constatou que o preço da gasolina está sendo repassado para o consumidor com uma variação de R$ 4,10 a R$ 4,28 nos postos de combustíveis. Ainda era possível abastecer com a gasolina no valor de R$ 4.

Com o reajuste da gasolina, os consumidores têm que se perguntar se é mais vantagem abastecer o veículo com gasolina ou com álcool, haja vista que este último é um bem substituto do primeiro. Apesar de ter preço mais baixo, o álcool precisa ser 30% mais barato que a gasolina, pois o seu consumo é maior. 

Segundo o economista Paulo da Silva Santos Júnior, existem duas formas que o consumidor pode calcular para saber qual é melhor para abastecer seu veículo.

 “A primeira, o consumidor pega o valor do preço da gasolina, R$ 4,10 por litro e multiplicar por 0,70, por exemplo. Para compensar abastecer com álcool, o valor tem que ser menor ou igual há R$ 2,87 por litro. Na segunda é dividir o valor do preço do litro do álcool, que em está em média no preço de R$ 3,27 (menor preço observado) pelo valor da gasolina R$4,10. Se o valor for menor ou igual 0,70, então compensa abastecer com álcool. Com os preços praticados pelos postos de combustíveis de Alagoas, R$ 4,10 por litro na gasolina R$ 3,27 do álcool, ainda é preferível abastecer com gasolina”, concluiu o economista.

CONSUMIDORES

Os consumidores também ainda acham mais viável abastecer o veículo com a gasolina. Alguns ainda têm dúvidas.

“O problema em usar álcool é que o preço está quase o mesmo e o consumo é maior. Termina ficando tão caro quanto usar gasolina”, explicou Mauricio Oliveira.

“Uma vez meu esposo foi inventar de usar álcool ao invés da gasolina, e acabou com o motor do carro, isso segundo quem nos disse foi o mecânico que consertou o veículo”, comentou Thamyres Santos.

Já Tiago Alexandre optou pelo o álcool. “Desde que começou esse desembesto nos preços da gasolina, passei usar o etanol, por enquanto está sendo viável pra mim, essa semana abasteci de R$ 2.99”, contou.

Aumentos

De acordo com a Petrobras o reajuste ocorreu devido principalmente ao aumento das cotações dos produtos e do petróleo no mercado internacional. Os aumentos dos combustíveis agora são de acordo com a política de preços adotada pela Petrobras no final de junho, que passou a vigorar no dia 3 de julho. Os reajustes podem ser aplicados a qualquer momento, até diariamente, desde que a variação acumulada no mês por produto esteja dentro da faixa de +7% ou -7%.

Segundo informou a Petrobras, quando se atinge no mês mais de 7% ou menos de 7% de reajuste, o Grupo Executivo de Mercado e Preços da companhia se reúne e analisa se vai haver alguma correção.

Em um mês, o preço da gasolina nas refinarias já acumula aumento de mais de 9%. Em novembro, há elevação de 6,6%, após alta também de 6,6% em outubro.

O aumento se refere aos preços para as refinarias. O repasse ou não do aumento para o consumidor final depende dos postos de combustíveis. Na semana passada, o valor dos combustíveis nas bombas voltou a subir, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo.