Turismo
Setor de cruzeiros movimenta R$ 5,43 bilhões e gera 84,6 mil empregos na temporada 2024/2025

A Tribuna Independente acompanha em Brasília a programação do 7º Fórum CLIA Brasil 2025, que revelou nesta terça-feira (3) os dados oficiais da temporada de cruzeiros 2024/2025. O levantamento, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a CLIA Brasil, aponta que o setor movimentou R$ 5,43 bilhões na economia nacional, um crescimento de 3,8% em relação ao ciclo anterior, consolidando-se como um dos motores do turismo brasileiro.
No período, 838.096 cruzeiristas embarcaram em navios que percorreram dezenas de destinos no Brasil e na América do Sul. Embora o número seja 0,8% menor do que o registrado em 2023/2024, ele representa o segundo maior da série histórica. O impacto econômico médio foi de R$ 709,47 por passageiro nas cidades de escala e R$ 918,15 nas cidades de embarque e desembarque, fortalecendo atividades ligadas a comércio, hotelaria, alimentação e transporte.
Os nove navios de cabotagem que estiveram em operação entre novembro e abril criaram 84,6 mil empregos, aumento de 5,3% em relação à temporada anterior. Desse total, 1.617 foram tripulantes, enquanto 82.985 vagas surgiram de forma direta, indireta ou induzida pelo setor. A arrecadação em tributos federais, estaduais e municipais somou R$ 577,4 milhões.

O estudo incluiu pela primeira vez os efeitos dos 29 navios de passagem em rotas internacionais que fizeram escalas em portos brasileiros. Essa inclusão acrescentou R$ 583,9 milhões à economia, gerando 9,1 mil empregos e R$ 62,1 milhões em tributos. Somados à cabotagem, os impactos chegaram a R$ 6 bilhões, com a criação de 93,7 mil postos de trabalho.
A pesquisa ainda revelou que 171.300 brasileiros viajaram em cruzeiros no exterior em 2024, especialmente em roteiros pelo Caribe, Europa e travessias transatlânticas. O movimento injetou R$ 931,7 milhões no mercado global de cruzeiros.
Apesar do desempenho expressivo, o setor já projeta retração para a temporada 2025/2026. Serão apenas sete navios de cabotagem, dois a menos que no último ciclo, com uma oferta de 674,6 mil leitos — queda de 19,5%. O impacto econômico e a geração de empregos também devem encolher em torno de 20%.
O presidente executivo da CLIA Brasil, Marco Ferraz, comemorou os números, mas alertou para os desafios. “A temporada 2024/2025 trouxe resultados econômicos expressivos e milhares de empregos gerados em todo o país. O setor de cruzeiros movimenta comunidades inteiras e gera benefícios reais e concretos para a economia. Mas já sabemos que esses números não se repetirão na próxima temporada, diante da saída de navios e da redução da oferta”, afirmou.
Ferraz reforçou a importância de união entre iniciativa privada e poder público para garantir a competitividade da atividade. “É urgente que setor público e privado caminhem juntos para ampliar a competitividade, reduzir custos, investir em infraestrutura, atualizar a regulação de acordo com o restante do mundo, melhorar a segurança jurídica e impostos. É por isso que a CLIA promove este Fórum: um espaço para enfrentarmos os obstáculos de frente e, juntos, encontrarmos soluções”, concluiu.
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