Turismo

Pariconha, no Alto Sertão, é o 6º município alagoano do Mapa do Turismo

Município é um dos mais distantes de Maceió, com mais de 350 quilômetros longe da capital

Por Claudio Bulgarelli - Sucursal Região Norte / Tribuna Independente 14/05/2022 12h46
Pariconha, no Alto Sertão, é o 6º município alagoano do Mapa do Turismo
Pariconha - Foto: Prefeitura de Pariconha

Um dos mais distantes municípios de Maceió, com mais de 350 quilômetros de distância, na divisa com Pernambuco e com a Bahia, Pariconha, localizado na região turística do Sertão Alagoano, que entrou na edição de 2022 do novo Mapa do Turismo, faz parte daquele grupo da maioria dos municípios brasileiros classificados entre as categorias D e E, ou seja, se encontram em estágio embrionário de desenvolvimento para o turismo. Enquanto os municípios na categoria A e B são aqueles que possuem o turismo mais consolidado, com um fluxo significativo e maior quantidade de equipamentos de hospedagem.

Totalizando 46 municípios na nova edição do MTB, a maioria classificada nas categorias C, D e E, Alagoas tem dois municípios da categoria A, Maceió e Maragogi e dois na categoria B, Arapiraca e Japaratinga. Em todo o Brasil o resultado é o seguinte: 51 municípios na categoria A, 167 municípios na categoria B, 504 municípios na categoria C, 1.841 municípios na categoria D e por fim, 782 municípios na categoria E. A classificação é baseada nos seguintes critérios: número de empregos formais no setor de hospedagem, número de estabelecimentos formais no setor de hospedagem, fluxo turístico doméstico e fluxo turístico internacional. Essas informações são oficiais e não deixam margem para interpretações pessoais, como por exemplo, atratividade e qualidade dos serviços. Apenas aspectos oficiais e ligados à economia do turismo.

Numa altitude de 401 metros, é um lugar para quem gosta de narrações sobre cangaceiros, já que região oferece boas histórias, pois, ainda como povoado, Pariconha sofreu duas ou três invasões por Virgolino Ferreira e seus asseclas, antes mesmo de se tornar conhecido como Lampião. Ali também atuou o pequeno bando dos Porcino, o qual Virgolino se enturmou quando seus pais vieram de Pernambuco para morar em Alagoas.

Com 30 anos de emancipação, comemorados no último dia 7 de abril, Pariconha, que entrou na edição de 2022 por suas potencialidades, ainda para serem descobertas e exploradas, tem sua história ligada no início no século XIX, quando as famílias Teodósio, Vieira, Viana e Félix iniciaram uma pequena povoação, dando início a agricultura e a pecuária, principalmente com a criação de animais de pequeno porte. Depois criaram uma localidade denominada “Povoado Caraibeiras dos Teodósios”, às margens do rio Moxotó.

Cerca de vinte anos após a chegada desses primeiros colonizadores, um grupo da tribo de índios Geripancós, originários do município de Tacaratu, em Pernambuco, instalou uma aldeia na serra do Ouricuri, nas proximidades da atual cidade. Pertencente ao município de Água Branca, a comunidade passou à condição de município em 5 de outubro de 1989 pela Constituição Estadual, quando foi desmembrado de Água Branca, tendo sua emancipação realizada em 7 de abril de 1992. Segundo conta a história, no local onde cresceu a cidade havia um ouricuzeiro cujos frutos continham duas conhas como eram chamadas as polpas desse fruto, que popularmente ficou conhecido como “par de conhas” e, com o tempo, houve uma junção que derivou o nome Pariconha.