Turismo
Bailarina sem os braços é nomeada embaixadora do turismo no Sul de Minas
A bailarina Vitória Bueno, de 18 anos, vem conquistando destaque internacional com o dom que descobriu ainda criança. A jovem nasceu sem os dois braços em razão de má-formação congênita, e isso se tornou apenas um detalhe frente ao seu talento que emociona a todos por onde ela se apresenta com a dança.
Na última quinta-feira (05/05), a bailarina foi nomeada embaixadora do turismo de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, em solenidade que aconteceu no Teatro do Inatel. Emocionada, ela agradeceu a condecoração pelo Conselho Municipal de Turismo com um enorme sorriso no rosto.
“Eu estou muito feliz e muito honrada em ser embaixadora do turismo. É um misto de emoções em ver onde eu consegui chegar e mostrar para as pessoas que a arte transforma. E fazer parte do turismo agora vai ser muito bom para mim, espero que possam surgir várias oportunidades, que eu possa agregar com a cidade que sempre me apoiou e só coisas boas para essa nova trajetória”, disse a bailarina, em entrevista ao portal Terra do Mandu, logo após receber o título.
O programa e a escolha
O Programa Embaixador Honorífico do Turismo de Santa Rita do Sapucaí foi criado em 2021 com o propósito de fortalecer as ações da Política Municipal do Turismo e promover o desenvolvimento econômico e social da cidade.
“Pelo programa instituído, o Conselho Municipal do Turismo poderá selecionar pessoas influentes dos ramos artístico, jornalístico, turístico, esportivo, empresarial, ou pessoas notórias de outros ramos da comunidade santa-ritense, conferindo-lhes o título de Embaixador (a) Honorífico (a) do Turismo de Santa Rita do Sapucaí”, explicou a Prefeitura.
“O Comtur, reconhecendo que essa pessoa possui não só esse como todos os demais requisitos, e se trata de um exemplo de vida, resiliência, alegria e otimismo para todos nós, para toda a comunidade santa-ritense, nomeia a bailarina Vitória Bueno Boche como Embaixadora Honorífica do Turismo para o período de 1 ano. Parabéns Vitória, gratidão por representar nossa cidade!”, completou o município.
A vida da bailarina
O caminho de Vitória na dança começou a ser trilhado aos cinco anos, quando ela foi apresentada ao ballet clássico por uma das fisioterapeutas da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que conseguiu enxergar o dom da menina e incentivou a mãe a levá-la a uma aula experimental.
Desde então, são 13 anos como bailarina. Vitória conquistou medalha de ouro em todos os exames de grau que prestou na metodologia de ensino de ballet inglesa Royal Academy of Dance. No ano passado, na Alemanha, a jovem bailarina ficou em segundo lugar em um programa de talentos em um canal de televisão do país.
No processo de seleção, em agosto, a bailarina se apresentou com uma coreografia de jazz lírico e uma música da Beyoncé, que tem na letra palavras sobre deixar sua marca e legado no mundo. Emocionando os jurados, ela conseguiu uma vaga direto na final, sendo a única brasileira na competição.
Na final, Vitória apostou no ballet clássico, mas um com toque brasileiro; depois, ela trocou de roupa e se apresentou com o samba na sapatilha de ponta. Com 20% dos votos, ela chegou ao segundo lugar na competição, que só poderia receber votos de moradores da Alemanha.
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