Turismo

Serra da Catita projeta Colônia Leopoldina em direção ao turismo ecológico

01/08/2020 18h17
Serra da Catita projeta Colônia Leopoldina em direção ao turismo ecológico
Reprodução - Foto: Assessoria

Claudio Bulgarelli

Sucursal Região Norte

Aproximadamente 11 km da zona urbana de Colônia Leopoldina; município situado no Vale do Rio Jacuípe, na Microrregião da Mata Alagoana, bem próximo a Serra do Teixeira; passando pela BR 416, num caminho composto por asfalto e estrada de barro, está localizado o Recanto da Serra, ou a Serra do Catita, com sua maravilhosa cachoeira, principal atrativo turístico da primitiva povoação que teria surgido no começo do século XIX e por onde, em janeiro de 1860, recebeu o Imperador Dom Pedro II. A passagem de Dom Pedro consolidou o povoado e se tornou fato histórico. A antiga casa da diretoria onde se hospedou o imperador existe até hoje. Na mesma data Dom Pedro II e sua comitiva plantou 4 mudas de castanholas, sendo que 2 sobrevivem até o presente

[caption id="attachment_390649" align="alignleft" width="314"] Mosteiro Discípulo Amado(divulgação)[/caption]

Como atrativo turístico, a Serra da Catita, com sua cachoeira, tendo logo abaixo a antiga ponte do Catita, construída no período de 1919 e 1922, pelo então Governador Dr. José F. da Silva, Colônia Leopoldina projeta cenários ideais para a exploração do turismo ecológico. A atual gestão do prefeito Manuilson Andrade está buscando caminhos para tornar essa atividade uma forma de exploração turística na região, que é dotada de uma calmaria incomum nesse mundo pós-moderno. Durante todo o percurso da serra só se ouve o canto dos pássaros, do vento sob as folhas e da água corrente, em meio ao que restou da Mata Atlântica.

 

Segundo alguns historiadores, a serra já esteve sob a influência do Quilombo dos Palmares, pois nela existia uma estrada que servia para os negros que fugiam para o Quilombo. Conta-se também que uma das cachoeiras da serra leva o nome da Dandara, pois a líder quilombola costumava banhar-se naquelas águas. É nesse lugar, no meio da mata, que se encontra a Comunidade do Discípulo Amado, uma fraternidade de pessoas que optaram pela vida monástica, habitada por monges, freiras e leigos.  É um lugar quase sagrado, motivo de peregrinações.

[caption id="attachment_390648" align="alignleft" width="251"] Comunidade do Discípulo Amado(divulgação)[/caption]

A comunidade ou Mosteiro é diferente de um mosteiro tradicional. Ali moram não somente homens e mulheres de vida consagrada, mas também crianças, mulheres, moradores da região que são sempre bem vindos e que participam das refeições comuns e das orações. Os monges também descem a serra para fazer visitas e celebrações nas casas das pessoas. A natureza sempre em volta cobre o espaço de verde. Sem televisão, geladeira ou qualquer eletrodoméstico desnecessário para viver, as pessoas ocupam o tempo livre com leituras espirituais.