Saúde

Aposentado tem sua vida salva no Hospital Geral do Estado

Por Thallysson Alves / Ascom HGE 08/12/2025 09h10 - Atualizado em 08/12/2025 09h25
Aposentado tem sua vida salva no Hospital Geral do Estado
Fernando Nascimento já havia perdido uma das pernas para o diabetes, então temia repetir tudo de novo com a outra perna - Foto: Juliete Bezerra / Ascom HGE

O aposentado Fernando Nascimento, de 64 anos, sempre levou uma vida ativa. Diabético, tentava manter o controle da doença, uma vez que ele já havia amputado parte da perna esquerda por consequência desse mal. Até que, ao usar um chinelo novo, um calo surgiu em seu único pé, o suficiente para iniciar mais uma infecção. Mas, dessa vez, assistido pelo Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, a sua perna foi salva e em menos de um mês pôde voltar para casa.

O calo foi resultado do atrito causado entre a pele e a estrutura do calçado novo. Temendo perder a outra perna, o idoso procurou assistência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro dos Martins, que solicitou à Central Estadual de Regulação a transferência para um hospital especializado em cirurgia vascular. O escolhido foi a maior unidade de urgência e emergência de média e alta complexidade da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o HGE.

“Começou com um calorzinho muito pequeno no dedo e depois disso aí veio a vermelhidão, o inchaço e a dor. Como eu já amputei a minha outra perna por causa do diabetes, o médico optou em não perder tempo e solicitar logo a minha transferência. Foi essa agilidade que salvou a minha perna, pois a infecção avançou muito rápido, se tornou profunda e, infelizmente, mesmo com várias tentativas, não foi possível mais salvar o meu pé”, compartilhou Fernando, que é casado e residente no Clima Bom.

É que mesmo com antibióticos e curativos, houve necrose tecidual e risco de septicemia (infecção generalizada), o que fez a equipe médica especializada decidir pela amputação do pé para salvar a vida do paciente. Após o procedimento, ainda foram necessários desbridamentos para a retirada de tecidos necrosados e o uso de um curativo de pressão negativa, ou curativo a vácuo, que é um sistema que acelera a cicatrização de feridas através da aplicação de pressão subatmosférica controlada.

“Infelizmente, o caso de Fernando não é isolado. Pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver lesões nos pés, porque a doença afeta a circulação sanguínea (dificultando a cicatrização), a sensibilidade (pequenas feridas passam despercebidas) e o sistema imunológico (reduzindo a capacidade do corpo de combater infecções). Quando não tratadas corretamente e de forma rápida, essas feridas podem evoluir para úlceras, infecções graves, amputações e até risco de morte”, alertou o cirurgião vascular, Wellington Bispo.

Como prevenção, cuidados simples e regulares podem ser postos na rotina, como: a inspeção diária dos pés (observar se há bolhas, cortes, calos, rachaduras ou manchas), uso de calçados adequados (confortáveis, fechados e sem atrito), controle rigoroso da glicemia, higiene (lavar bem e secar entre os dedos), hidratar a pele sem exageros, corte correto das unhas (sempre reto, evitando machucados), buscar atendimento imediato diante de qualquer lesão (por menor que pareça) e acompanhamento regular com equipe multiprofissional (clínico, endocrinologista, cirurgião vascular, cardiologista etc.).

“O HGE é muito ótimo, demais! Não só em operação, é na comida, é em tudo! Aqui é ótimo! Estou muito feliz! Estou de alta já. Estou com muita saudade da minha casa. Se vou rever a minha família é por causa do cuidado que recebi aqui no HGE. Muito obrigado a todos os profissionais que cuidaram de mim”, declarou Fernando Nascimento.